Dirigentes de entidades assistenciais do Sul de SC apresentam demandas em Comissão
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL
Quatro modelos de entidades que prestam serviço social para crianças e adolescentes que vivem em extrema vulnerabilidade e que buscam promover mudanças sociais para transformar vidas na região Sul apresentaram seus desafios e demandas para os membros da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente em reunião na manhã desta quarta-feira (03) em Criciúma, durante o programa Alesc Itinerante. A iniciativa foi do presidente do colegiado, deputado Pepê Collaço (PP).
Representantes da Associação Cultural, Social e Terapêutica da Região da Amurel (Acustra), com sede em Laguna, da Associação de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Combemtu), da Fundação Educacional Joanna De Angelis (Feja), e Lar da Menina, essas três entidades com sede em Tubarão, explanaram a respeito do trabalho desenvolvido e destacaram que o principal problema para manter qualquer instituição com cunho social é a falta de recursos.
Como definiu a presidente da Combemtu, Maria Nilta Tenfen, o principal pleito é que o Parlamento lute por recursos mínimos para serem incluídos no orçamento do Estado, como acontece nas pastas da saúde, educação e segurança. “Investimentos na assistência social geram economia na segurança, educação e saúde”, avaliou. Ela disse que o principal pleito hoje é que a Assembleia Legislativa levante a bandeira de fixar-se um percentual mínimo no orçamento estadual para a área social.
Os demais representantes das entidades ecoaram a reivindicação da presidente da Combemtu e concordaram que é necessário apoio financeiro para a manutenção e para o avanço do papel social das entidades.
O deputado Pepê Collaço concordou que é necessário políticas públicas efetivas destinadas para a assistência social. “São quatro exemplos de entidades que fazem a diferença nas vidas das crianças e dos jovens catarinenses e que precisam de nosso apoio e de nossa sensibilidade. Cada instituição social catarinense realiza um trabalho que o Estado não faz. Precisamos ter uma política mais justa para a área social.”
Nas manifestações dos demais deputados houve concordância com a importância dessas instituições e de seu trabalho em prol da promoção das mudanças sociais e das vidas de pessoas em vulnerabilidade. A deputada Luciane Carminatti (PT) lembrou que coordena a Frente Parlamentar em Defesa do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que o principal pleito das entidades é justamente a falta de recursos para a área social. Os deputados Camilo Martins (Podemos), Jair Miotto (União), Sérgio Motta (Republicanos) também concordam que é necessário uma política pública mais efetiva para a área social.
As entidades convidadas
Associação Cultural, Social e Terapêutica da Região da Amurel (Acustra) é uma organização sem fins lucrativos que atende mais de 80 crianças que vivem na extrema pobreza em Laguna.
Lar da Menina é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que há 60 anos desenvolve um trabalho social na área da educação infantil em Tubarão. Atende mais de 160 crianças e jovens.
Fundação Educacional Joanna De Angelis (Feja) promove, por meio da educação e assistência social, a garantia de direitos de crianças, adolescentes e famílias. Localizada em Tubarão, tem o objetivo de encaminhar crianças para um mundo melhor através da educação.
Associação de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Combemtu), que atende 200 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e estende suas ações às respectivas famílias.
Agência AL