Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
11/04/2023 - 18h40min

Deputados debatem tragédia em Blumenau e apoiam policiais nas escolas

Imprimir Enviar

FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Parlamentares debateram novamente a tragédia de Blumenau, com o assassinato de quatro crianças em uma creche, e apoiaram decisão do Executivo de contratar policiais aposentados para a segurança das escolas na sessão de terça-feira (11) da Assembleia Legislativa.

“O fato trágico ocorrido em Blumenau causou profunda consternação, um clima de muito pesar com muito sofrimento”, manifestou Napoleão Bernardes (PSD), ex-prefeito de Blumenau, que agradeceu o apoio do governador Jorginho Mello, que liderou pessoalmente as forças de segurança após o lamentável episódio, assim como a presença em tempo integral do prefeito Mário Hildebrandt.

Napoleão elogiou a decisão do Executivo de contratar mais de mil profissionais de segurança para atuarem nas escolas estaduais.

Paulinha (Podemos), Emerson Stein (MDB), Maurício Peixer (PL), Massocco (PL), líder do governo, também lamentaram as cenas desesperadoras em Blumenau e apoiaram a convocação de policiais aposentados para garantir a segurança da comunidade escolar.

“Não podemos continuar assistindo situações de violência no calor do sofá até ela bater na nossa porta. O momento agora não pode se limitar à solidariedade e orações, é hora de fazer um chamado para o despertar e pensar que amanhã pode ser com nossos filhos, a gente precisa ressignificar o conceito de se importar”, sugeriu Paulinha.

“O Presidente reuniu os líderes para falar da segurança, onde todos os projetos possam ser agregados para não demorar tanto tempo para serem aprovados e colocados em prática”, revelou Stein, que ponderou a necessidade de aumentar as vagas para os policiais aposentados (Setisp), assim como os recursos necessários à mobilização.

“Vivenciamos a maior tragédia com o episódio de Blumenau, o monstro causou um dano incomensurável e parece que todos descobriram que precisamos de segurança nas escolas”, pontuou Peixer, que apoiou a segurança armada nos educandários.

“No anúncio da contratação 1.053 profissionais de segurança para atuarem dentro das escolas o governador falou em 60 dias, necessários para um ajuste orçamentário, o trâmite nesta Casa e a preparação dos profissionais”, explicou o líder do governo, que insistiu  na necessidade de “tempo para organizar tudo”.

Ivan Naatz (PL), por outro lado, ponderou aos colegas e à comunidade a complexidade da matéria, uma vez que os ataques podem acontecer em qualquer lugar, não apenas dentro das escolas.

“Não há um lugar certo, premeditado, os malucos podem agir em qualquer lugar, é preciso priorizar as campanhas preventivas, entender a cultura do ódio, os extremismos, criar mecanismo de controle, com monitoramento e controle do que acontece nas redes sociais”, avaliou Naatz, que sugeriu o uso de inteligência artificial no monitoramento dos radicalizados.

Neodi Saretta (PT) acompanhou Naatz.

“Temos de pensar em ações que possam ajudar a prevenir isso e trazer mais segurança nas escolas, ações estruturantes, combater quem estimula essas violências. Lamento que uma rede social esteja mantendo perfis que estão difundindo essas violências, acho que os donos das redes deviam ficar mais atentos”, argumentou Saretta, referindo-se ao Twitter.

Egídio Ferrari (PTB), que é de Blumenau, fez um relato cru das cenas trágicas e sugeriu que policiais da ativa possam também participar da segurança das escolas nas horas de folga, desde que percebendo horas extras.

“Fiz parte da primeira equipe da Polícia Civil a chegar no local. Preciso dizer como os pais foram abalados e como nós todos estamos balados, vivenciei as famílias chegando, as professores, os funcionários, mais uma vez heróis colocando-se à frente do monstro para proteger as crianças”, narrou Egídio, que defendeu que policiais da ativa sejam autorizados a atuarem nas escolas em suas horas de folga e remunerados com horas extras. “No curto prazo teríamos efetividade”.

Jair Miotto (União), que é sacerdote da Igreja Quadrangular, afirmou que “somente o Espírito Santo pode confortar os pais e também todos aqueles que estavam lá”. O deputado afirmou que aguarda para breve a instalação de câmeras nas escolas, conforme projeto de sua autoria que foi aprovado na Casa.

Sargento Lima (PL) classificou o matador de crianças de psicopata e afirmou que confia nas instituições.

“Acredito nas instituições, ali tem homens fazendo o seu melhor. Quando o problema é segurança pública as pessoas insistem em não procurar especialistas", avaliou Lima, referindo-se aos policiais, acrescentando em seguida que o jovem que matou as crianças é um psicopata. “Psicopatia é egocentrismo, falta de empatia e remorso, comportamento antissocial e falta de capacidade de sentir a dor dos outros”.

Professor simpático ao nazismo
Ana Campagnolo (PL) repercutiu o caso de um professor da rede estadual que inacreditavelmente apoiou o assassinato de crianças em escolas e elogiou Hitler. A deputada defendeu o direito de os estudantes gravarem professores em falas desconectadas do bom senso.

“Este episódio mostra duas coisas: nenhum de nós saberia se os alunos não tivessem gravado”, declarou a deputada, que lembrou a comunidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou válida a gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro.

Maurício Peixer acompanhou Ana.

“Esses professores estão causando trauma, mudando ideologias, mudando valores, dizendo que Deus não existe, dizendo que vão provar que Deus não existe. Esse  professor saiu da Delegacia com tornozeleira eletrônica”, informou Peixer.

100 dias do governo estadual
Peixer elogiou a atuação do governador Jorginho durante os primeiros 100 dias do governo e destacou a decisão do Executivo de contratar R$ 1 bi na recuperação da malha rodoviária.

“Principalmente as obras que estão paralisadas”, ressaltou o ex-prefeito de Porto Belo.

Neodi Saretta lembrou, outra vez, do caso da SC-283, que liga Concórdia, Seara e Chapecó.

“Neste final de semana na SC-283 só em algumas horas uma pessoa registrou onze acidentes com veículos entrando em buracos, estourando pneus, uma situação que chegou ao limite dos limites. Tem de destravar a licitação e a obra tem de ter rapidez, mas tem de tapar os buracos”, insistiu o representante de Concórdia.

Lunelli (MDB) também opinou sobre os 100 dias do governo do estado e elogiou o mutirão de cirurgias eletivas e a disposição em reformar os hospitais.

100 dias do governo federal
Lunelli avaliou os primeiros 100 dias do governo federal e reclamou da expectativa de crescimento do PIB  para 2023, que é de apenas 0,9%.

“Sempre vou torcer pelo bem do Brasil, mas tenho visto claros sinais que me deixam preocupado: um país que não cresce é um país que não cria oportunidades. O ano de maior expansão será em 2025, com o PIB avançando 2,8%. Crescimento sustentado exige sacrifícios e não é isso que os governos populistas gostam de fazer”, lamentou Lunelli.

O deputado também manifestou preocupação com o novo arcabouço fiscal, pensado para substituir o teto de gastos.

“Uma das maiores preocupações é sobre o arcabouço fiscal desenhado pelo atual governo, o plano depende de forte expansão das receitas, isso exigirá mais do que mero crescimento econômico”, pontuou Lunelli, que criticou a reoneração dos combustíveis, o “terror” no campo e falas irresponsáveis do presidente Lula.

Marco do saneamento
Naatz criticou a decisão do governo federal de modificar o marco regulatório do saneamento básico, ampliando em cinco anos os prazos de universalização do fornecimento de água potável e de tratamento dos esgotos.

“Muda a lei e aumenta o prazo, isso acontece porque as estatais reservam o mercado e impedem que as empresas avancem sobre esse mercado. Seriam necessários R$ 120 bi a cada ano para poder nos próximos 10 anos chegar próximo da meta. Quem tem esse dinheiro para fazer esse investimento? As empresas privadas”, garantiu Naatz, que citou o caso de Penha, que desde 2004 “luta na Justiça para não tratar o esgoto”.

Recursos para Serra
Marcius Machado (PL) falou sobre os recursos que destinou aos municípios da região Serrana, principalmente na implementação de energia solar nos hospitais.

“A meta para este mandato é concluir em todos os hospitais estrutura de energia solar para que não fiquem devendo para a Celesc, como o de São Joaquim, que devia uma fortuna e não tinha as certidões para receber recursos do estado e da União”, relatou Marcius, que citou os hospitais de  Otacílio Costa, Anita Garibaldi, Campo Belo do Sul e Bom Retiro.

O deputado também exibiu vídeo dos gestores do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, de Lages, recebendo poltronas para uso dos pacientes e dos acompanhantes nos quartos do SUS.

ACTs sem recontratação
Massocco revelou para os trabalhadores temporários do sistema prisional que as notícias relativas à renovação do contrato não são animadoras.

“Ainda não se tem uma notícia clara, mas  é melhor ser criticado dizendo a verdade do que ser aplaudido mentindo. Tenho recebido muitas das pessoas que trabalham com vocês no meu gabinete e tenho sido procurado por muitas das pessoas que buscam a renovação do contrato. Tem uma decisão judicial do TJSC para contratar os efetivos e para que não haja recontratação dos ACTs”, informou o líder do governo.

 

 

Vítor Santos
Agência AL

Voltar