Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
24/10/2013 - 12h53min

Constituintes de 1988/89 são homenageados pelo Legislativo

Imprimir Enviar
Sessão Especial em comemoração aos 25 anos de Instalação da Assembleia Constituinte em Santa Catarina. Foto: Miriam Zomer/Agência AL

Os deputados que elaboraram a Constituição Estadual de 1989, instalada em 11 de outubro de 88, foram homenageados pelo Poder Legislativo na noite desta quarta-feira (23). “Estamos quase todos aqui, alguns nos deixaram, que saudades, mas estão representados, outros não puderam vir, por causa dos seus afazeres”, explicou Aloisio Piazza, presidente da Constituinte, que agradeceu o gesto da Mesa da Casa, de propor a homenagem. “Obrigado por promover este momento, foi imensa a alegria do reencontro, de poder abraçar cada um dos companheiros de trabalho”, declarou, sob aplausos dos ex-deputados, que lotaram o plenário Osni Régis.

Mauro de Nadal (PMDB) saudou os constituintes e destacou a relevância histórica da Constituição de 1989. Ele defendeu que o conhecimento dos fatos do passado são úteis para elucidar os problemas do presente. Mauro lembrou que na antiguidade o direito trazia a marca dos deuses e dos reis, era “um fato metahumano”. Entretanto, observou o deputado, na modernidade, a razão submeteu o direito e a universalidade das leis se impôs.

O presidente da Casa, Joares Ponticelli (PP), entregou placa alusiva à passagem dos 25 anos de instalação da Constituinte ao ex-deputado Aloisio Piazza. Ponticelli contou que teve a ideia de homenagear os constituintes de 1988/89 depois de ver o ex-deputado Stélio Boabaid, com 91 anos, atendendo pacientes gratuitamente no seu consultório, em Tubarão. “A casa tomou a decisão correta ao abrir as comemorações com essa homenagem”, afirmou, destacando a dificuldade operacional de elaborar uma constituição sem a tecnologia disponível hoje.

Aloisio assinalou que os constituintes são testemunhas oculares da história da Carta catarinense. “Foram 354 dias de trabalho, com responsabilidade, credibilidade do Poder e dos políticos perante a opinião pública. Houve acirrados debates, mas o parlamento é a representação de uma sociedade heterogênea”, analisou. O presidente da Constituinte ainda ressaltou o zelo e a dedicação dos funcionários da Casa e afirmou que tanto os servidores quanto os deputados “não receberam pagamento adicional pelo trabalho constituinte”.

O reencontro
Os instantes que antecederam o início da sessão especial foram emocionantes. Vários funcionários da Casa, alguns que se envolveram diretamente com a constituinte, outros que trabalharam com os ex-deputados ou simplesmente são amigos deles, ficaram impressionados, tamanho o carinho e a fraternidade que tomou conta do plenário. Foram muitos abraços, risos e gargalhadas das boas histórias que permaneceram gravadas nas memórias dos constituintes.

Rivaldo Maccari, na cadeira de rodas, foi um dos mais cumprimentados. Já a fortaleza física de Stélio Boabaid, muito comentada, assim como a jovialidade dos ex-deputados Hugo Biehl e Cesar Souza. Quem não pode vir, como Salomão Ribas Júnior, em viagem ao exterior, e Leodegar Tiscoski, com afazeres em Brasília, mandou representante. No caso de Tiscoski, a filha Gabriela enviou fotos e vídeos da cerimônia e do coquetel em tempo real. “Ele não está acreditando na festa, queria estar aqui”, revelou.

A deputada federal Luci Choinaki, única mulher constituinte, foi bastante assediada, todos cumprimentaram-na e Aloisio Piazza, na tribuna, chamou-a de “guerreira Luci, que trouxe para a constituinte a luta dos seus, com toda a garra e com toda força”.  Paulo Afonso Evangelista Vieira estava acompanhado da mulher, Eliane, e, como lembrou o presidente Ponticelli, Raimundo Colombo, que enviou representante, e Paulo Afonso são os representantes daquela legislatura com o privilégio de serem chamados de “governador”.

Brincadeiras
Aconteceram muitas brincadeiras, comuns entre velhos amigos que se reencontram após longos anos. Julio Garcia, um dos últimos a entrar no plenário, vendo que o presidente Joares Ponticelli preparava-se para iniciar a sessão, dirigiu-se à mesa e sugeriu que convidasse para discursar o ex-deputado Nelson Locatelli, de Chapecó. “Aquele que fala rapidinho”, falou, rindo das taquígrafas, já posicionadas para anotarem a sessão.

Mário Cavallazzi chegou acompanhado de Gilson dos Santos e Ivan Ranzolin, que se identificou para o cerimonial como motorista do primeiro. Assim que o trio entrou, começaram as risadas e os deputados que estavam sentados, como Raulino Rosskamp e José Zeferino Pedroso, não resistiram e juntaram-se aos colegas, todos em pé, no círculo formado pela Mesa e as cadeiras dos parlamentares.

Na hora da foto oficial, nas escadarias que ligam o hall de entrada aos gabinetes, mais descontração. O ex-deputado Martinho Herculano Guizzo chegou atrasado e Gilson dos Santos, em meio ao vozerio, gritou, “Está atrasado Martinho, você não queria mudar a capital?”, aludindo à emenda que originou a discussão, já superada, sobre mudar a capital do litoral para o interior.

Vítor Santos
Agência AL

Voltar