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24/05/2023 - 11h30min

Comissão trata da expansão da rede trifásica de energia e defesa sanitária agropecuária

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Reunião da Comissão de Agricultura desta quarta-feira (24)
FOTO: Solon Soares/Agência AL

A expansão da rede trifásica de energia e a defesa sanitária vegetal e animal no estado foram o foco da reunião da Comissão de Agricultura e Política Rural realizada na manhã desta quarta-feira (24). Os temas foram apresentados por representantes das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Na abertura, o deputado Altair Silva (PP), que preside a Comissão de Agricultura, declarou que as questões estão entre as principais prioridades do agronegócio catarinense, razão pela qual os deputados apresentaram requerimentos para conhecer as ações que vêm sendo implementadas pelas empresas.

Com relação à melhoria do fornecimento de energia no estado, Tarcísio Estefano Rosa, diretor-presidente da Celesc, afirmou que a empresa programou investimentos de R$ 4,5 bilhões até 2026, com a construção, ao menos, de 500 quilômetros de redes elétricas trifásicas. “Esses primeiros 500 quilômetros serão colocados do planalto de Lages para cima, até o Extremo-Oeste, que é onde observamos que estão os maiores problemas, a maior demanda reprimida.”

Os aportes previstos também incluem a construção de 20 subestações de energia e a ampliação de outras 41, a instalação de novas linhas de distribuição, além de ações como a instalação de postes para abastecimento de carros elétricos e a ampliação da geração fotovoltaica.

O diretor de Distribuição da Companhia, Claudio Varella do Nascimento, acrescentou que, apesar de visar especialmente o produtor agropecuário, a expansão da rede trifásica também vai procurar atender as necessidades de segmentos como a indústria, o comércio e o turismo, nas regiões Sul e Alto Vale do Itajaí. “O objetivo principal desses 500 quilômetros é trazer a rede trifásica para mais perto e melhorar a qualidade da energia fornecida”, disse.

Ao final da apresentação, o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, fez um apelo para que a Celesc mantenha a meta de atender as regiões já estabelecidas como prioritárias.

Em resposta, o diretor-presidente da empresa declarou que o planejamento será mantido. “É claro que alguns lugares vão apontar para nós uma necessidade imediata, mas nós não vamos deixar de atender os nossos objetivos, Podemos acrescentar alguns quilômetros, mas sem deixar o planejamento”, disse Tarcísio Estefano Rosa.

Sanidade agropecuária

A segunda parte da reunião contou com uma apresentação da Cidasc, quando foram apresentadas as ações da companhia para a defesa agropecuária no estado.

Com relação à produção agrícola, o gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, afirmou que desafios estão principalmente nos cultivos de grande extensão, como soja, milho e tabaco, mas também encontram-se nas áreas de maçã, banana, maracujá, cítricos, uva, e na produção florestal.

Para tanto, são realizados cadastros das unidades de produção, levantamentos fitossanitários, monitoramento de pragas, certificações, regulamentações e programas de conscientização dos produtores, entre outras atividades.

De acordo com o gestor, a defesa sanitária vegetal precisa de um trabalho de vigilância ativa, diante da constante ameaça da propagação de pragas e doenças surgidas no país e no exterior. “Todas essas culturas, nas suas unidades de produção, dependem do trabalho de certificação para que a comercialização possa ser levada para fora do estado. Então é um trabalho complexo, que exige responsável técnico e acompanhamento".

Já o gestor do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Cidasc, Jader Nones, apresentou os cuidados relativos à produção no estado de itens como carnes, ovos, leite, pescado, mel, e derivados.

A companhia, que conta com 57 médicos-veterinários próprios e outros 250 profissionais de apoio, além de 34 laboratórios e empresas credenciadas, realiza trabalhos como fiscalizações e auditorias nas agroindústrias, análise de projetos, avaliação de processos de fabricação e rotulagem de produtos, suporte para a regularização de empresas, ações de educação sanitária, fiscalização de processos de autocontrole das agroindústrias, e notificações de doenças de importância para a saúde humana ou animal.

Conforme disse, o serviço de inspeção da Cidasc perfaz um sistema que envolve também consumidores, agroindústrias, laboratórios, universidades, veterinários e responsáveis técnicos, empresas credenciadas, e até mesmo instituições como a Assembleia Legislativa. “Então, desde o campo até o consumidor final, existe todo um trabalho feito por esse sistema de inspeção, preocupado com a saúde de todos esses entes envolvidos, dos animais à população.”

Ele afirmou ainda que o sistema de inspeção agora procura avançar em temas como autocontrole, produção familiar, carga tributária, atualizações de taxas já existentes e estruturação do quadro funcional. “Temos muitos desafios para que o nosso estado possa seguir sendo pioneiro, para que possa seguir sendo um estado à frente, buscando discutir legislações e procedimentos que são importantes para todo segmento produtivo envolvido.”

Ao final, a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, tomou a palavra para destacar a contribuição da companhia para a saúde da população e o desenvolvimento econômico do estado. “Quando consumidos alimentos com inspeção, com Selo Arte, nós temos a nossa saúde assegurada e a saúde financeira do Estado também, porque a industrialização dos produtos agrega valor para o produtor.”

Requerimento

Também durante a reunião, foi aprovado requerimento do deputado Altair Silva, convidando Volmir Santolin a comparecer a uma reunião da Comissão de Agricultura para falar sobre a eventual revisão do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial Pacuera; a situação dos pescadores ribeirinhos, e a constituição de um fundo de desenvolvimento para o segmento.

Alexandre Back
Agência AL

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