Comissão recebe proposta do Sinte para alterar carreira do magistério
FOTO: Vicente Schmitt/Agência AL
Lideranças do Sinte/SC compareceram à reunião da Comissão de Educação nesta terça-feira (31) para apresentar uma minuta de projeto de lei para alterar 15 artigos da Lei 668/15, que trata do Plano de Carreira do Magistério Estadual.
A deputada Luciane Carminatti (PT), presidente do colegiado, informou que será a autora do projeto de lei que vai tramitar na Casa. “Um grupo de estudos foi formado e vamos levar o conteúdo da categoria para apreciação dos parlamentares. Precisamos revisar esta lei que acabou com a perspectiva de uma carreira digna e decente para os professores.”
Carga horária, dedicação exclusiva e pagamento de horas excedentes são alguns dos itens citados para recompor a carreira. “Precisamos sensibilizar o governo do Estado e os deputados. Aposto que os meus colegas serão favoráveis e vão melhorar o projeto, já que nos últimos anos o magistério tem sofrido muito com perdas na remuneração e na carreira.”
Para Evandro Accadrolli, coordenador estadual do Sinte, distorções devem ser corrigidas. “Atualmente há uma desestruturação na organização pedagógica das escolas, o direito a 1/3 na hora/atividade não é respeitado e persiste o mesmo salário para todos os níveis de formação. Queremos um debate sério pela valorização do professor.”
Discussão com a comunidade
Outra discussão dos integrantes do colegiado é quanto ao fechamento de escolas do campo e do ensino médio noturno, além da municipalização do ensino fundamental. Uma equipe da Secretaria de Estado da Educação, comandada pela diretora de Ensino, Sônia Fachini, respondeu aos questionamentos.
Ao ressaltar que a pasta está aberta ao diálogo, a dirigente declarou que o regime de colaboração entre Estado e municípios permite uma discussão ampla com prefeitos, secretários municipais, diretores de escolas e Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) sobre qualquer mudança.
“Quanto às escolas de campo, há uma legislação específica e não há intenção do governo de fechar escolas. No ensino médio verificamos uma grande evasão escolar e o reordenamento da rede se faz necessário. Queremos todo estudante dentro da sala de aula. No ensino fundamental ocorre uma discussão sobre compartilhar ações, com o município assumindo a pré-scola.”
Luciane Carminatti afirmou que a reunião serviu para uma tomada oficial de posição da Secretaria de Educação. “A SED não tem um ponto final nestas questões, pois as demandas vêm das regiões. A comunidade escolar deve se posicionar e chamar o debate para defender seus interesses.”
Também participaram da reunião os deputados Fabiano da Luz (PT), Mário Motta (PSD), Matheus Cadorin (Novo), Marquito (Psol) e Ivan Naatz (PL).
Agência AL