Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
09/09/2015 - 12h55min

Comissão de Saúde repercute Setembro Amarelo e doação de sangue

Imprimir Enviar
Deputados Doutor Vicente, Dalmo Claro, Antonio Aguiar e integrantes da Associação Catarinense de Psiquiatria FOTOS: Humberto Gesser/Agência AL

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, reunida nesta quarta-feira (9), recebeu representantes da Associação Catarinense de Psiquiatria, que divulgaram a campanha de conscientização denominada Setembro Amarelo, e a diretora-geral do Hemosc, Denise Linhares, que prestou esclarecimentos sobre coleta de sangue e transplante de medula óssea no estado.

O médico psiquiatra Alexandre Paim Dias explicou que o Setembro Amarelo é promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria como mês de prevenção ao suicídio. O Brasil registrou 12 mil suicídios em 2012 e mais de 90% desses casos foram associados a transtornos psiquiátricos, como depressão e transtorno bipolar, e ao uso de drogas. Em documento entregue à comissão, a Associação Catarinense de Psiquiatria solicita apoio dos parlamentares à campanha de combate ao estigma e ao preconceito em relação aos problemas psiquiátricos, à ampliação dos serviços ambulatoriais de psiquiatria no estado e à implantação do serviço de eletroconvulsoterapia.

A segunda principal causa de suicídio é o consumo de álcool e drogas. De 2000 a 2012, o índice de suicídios cresceu 30% na faixa etária de 15 a 34 anos, fato que está relacionado, na opinião do psiquiatra, ao avanço no consumo de entorpecentes. Dias alertou para dois mitos relacionados a suicídio. O primeiro deles é que, ao contrário do que se diz, 70% das pessoas que se suicidaram manifestaram de alguma forma essa intenção. O segundo diz respeito ao medo de falar sobre suicídio. “É um assunto tabu. Precisamos falar sobre suicídio, isso salva vidas.”

Sobre o serviço de eletroconvulsoterapia, Dias afirmou que hoje esse tratamento não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina e só está disponível para quem tem dinheiro. “A eletroconvulsoterapia é muito eficaz em quadros de depressão profunda e para redução de tratamento medicamentoso”, defendeu. O vice-presidente da comissão, deputado Doutor Vicente Caropreso (PSDB), apoiou a reivindicação e disse que é preciso quebrar o estigma existente, pois “muitos acreditam que esse é um tratamento nocivo”.

No dia 20 de setembro, a associação promoverá uma caminhada na Beira Mar Norte, em Florianópolis, às 15 horas, para reforçar a campanha de conscientização.

Hemosc
A diretora-geral do Hemosc, Denise Linhares, foi convidada a participar da reunião para explicar o funcionamento da hemorrede e do serviço de coleta de medula óssea. Denise esclareceu os parlamentares sobre a estrutura existente no estado, que é suficiente, segundo ela. “Não precisamos de mais hemocentros. Um hemocentro é uma estrutura muito cara e precisa ser centralizada para assegurar controle de qualidade. Nós precisamos de unidades de coleta e novos pontos de distribuição”, explicou. O índice catarinense de coleta de sangue é de 19 por 1.000 habitantes e garante volume suficiente para atender a demanda, conforme a diretora.

Quanto à doação de medula óssea, Denise disse que o Ministério da Saúde autoriza e paga 10.180 cadastros por ano e que em 2015 Santa Catarina já fez 15.687 cadastros. Os doadores cadastrados no estado integram o Registro Nacional de Doares de Medula Óssea (Redome), que é o terceiro maior cadastro de doares no mundo. O Redome, por sua vez, faz parte de um cadastro internacional.  Em relação a mobilizações da sociedade por conta de casos específicos de leucemia, Denise esclareceu que o ministério não autoriza campanhas personalizadas, mas somente por razões étnicas ou geográficas. “Isso porque um doador não pode se cadastrar para doar medula óssea a uma pessoa específica. Muitos se cadastram por essa razão e depois se recusam a doar quando aparece um receptor compatível”, lamentou.

Ao finalizar suas considerações, a diretora-geral do Hemosc pediu que os parlamentares não aprovem leis que estimulem qualquer tipo de recompensa a doadores de sangue. “As leis que incentivam a doação são arriscadas porque as pessoas mentem e omitem problemas de saúde para obter o benefício previsto em lei”, alertou.

Os deputados Dalmo Claro (PMDB), Antonio Aguiar (PMDB) e José Milton Scheffer (PP) elogiaram os serviços prestados pelo Hemosc e a explanação da diretora.

 

Lisandrea Costa
Agência AL

Voltar