Comissão de Educação discute uso de inteligência artificial para segurança escolar
A reunião da comissão de Educação, Cultura e Desporto desta terça-feira (26), atendendo requisição do deputado Mário Motta (PSD), discutiu segurança no ambiente escolar por meio de inteligência artificial. Paulo César Espíndola, desenvolvedor do “Scan Face”, apresentou seu projeto cujo objetivo é ampliar a segurança nas escolas por meio da plataforma que conta com reconhecimento facial e de voz.
Motta explicou que foi surpreendido pela apresentação do funcionamento da plataforma que é “inteiramente nacional” e que apresenta um grande “custo-benefício de identificação e de realimentação de informações”. Ainda de acordo com ele, a tecnologia pode ajudar “as pessoas a melhorar gradativamente a segurança”.
Espíndola, em sua apresentação, explicou que o “Scan Face” é uma inteligência artificial que utiliza as câmaras já existentes nos ambientes para reconhecimento facial em tempo real e identificação de comportamentos. Com base no monitoramento, o sistema identifica padrões normais de comportamento e as pessoas que transitam nos espaços e, quando há alterações nesses padrões, aponta a anormalidade. Apontado evento suspeito, o sistema pode avisar às autoridades para tomada de providências.
De acordo com o desenvolvedor, se aplicado em ambiente escolar a plataforma pode aumentar a segurança do local, diminuindo o tempo de identificação de ocorrências. O “Scan Face” foi treinado e testado durante cinco anos em conjunto com a Polícia Militar de Santa Catarina, utilizando as câmeras de monitoramento da corporação para identificação de suspeitos.
Como pontos positivos, Espíndola cita a utilização da infraestrutura já disponível, a “integração e a capacidade de velocidade de identificação em tempo real”. Ainda segundo ele, a proposta do projeto é que “a segurança pública deixa de ser ostensiva para ser preventiva”, trazendo “essa estratégia de trabalhar com previsão em relação aos eventos”.
Com a colaboração de Cintia de Oliveira