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28/04/2015 - 13h31min

Comissão de Educação debate plano de carreira e projeto de informática

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Marcos Molinari, coordenador do projeto "Programando o futuro" FOTO: Yuri Santos/Agência AL

A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, reunida na manhã desta terça-feira (28), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, assistiu a uma apresentação do projeto educacional “Programando o futuro”, por sugestão do deputado Gabriel Ribeiro (PSD). O projeto foi implementado na regional de Lages e ensina programação de computadores a crianças da rede escolar. A comissão também iniciou o debate sobre o plano de cargos e salários dos profissionais da educação.
Com o uso de uma plataforma simplificada chamada “Scratch”, o programa estimula nas crianças a capacidade de resolver problemas, conforme explica o coordenador do projeto Marcos Molinari. Ele frisou que o ensino de programação de computadores a crianças já é realidade em todo o mundo. O projeto repassou noções de programação a 1,3 mil crianças na regional de Lages. “Tivemos um resultado muito bom, por isso queremos expandir essa experiência para toda a rede escolar de Santa Catarina”, disse o deputado Gabriel Ribeiro, que apresentará o projeto ao governo e à Secretaria de Estado da Educação.
Molinari explicou que o projeto tem baixo custo, pois utiliza a estrutura das salas de informática já existentes nas escolas, por isso pode ser montado em qualquer cidade. “Precisamos apenas capacitar os instrutores de informática para que trabalhem pedagogicamente de maneira correta.” Como presidente da comissão, o deputado Valdir Cobalchini (PMDB) manifestou total apoio à iniciativa.

Planos de cargos e salários
Em um segundo momento, a Comissão de Educação fez uma discussão inicial sobre o projeto de cargos e salários dos profissionais da educação. A pedido do deputado Natalino Lázare (PR), três especialistas da área fizeram um estudo da proposta governamental. De acordo com a professora aposentada Márcia Margarida Bratti, o novo plano não descompacta a tabela salarial e propõe ganhos reais de salário muito pequenos. Além disso, propõe a incorporação da regência de classe e cria mais níveis salariais (letras), o que forçaria o professor a trabalhar mais de 40 anos para chegar ao final da carreira. “O plano enquadra todos os professores na coluna de 21 anos de serviço, quando muitos têm mais do que isso. E os aposentados não foram contemplados, o que vai forçar uma enxurrada de ações judiciais”, prevê a professora.
O deputado Natalino frisou que existem diversas incoerências entre o que está previsto no plano e o discurso do governo, por isso propôs que os professores responsáveis por esse estudo integrem um grupo de trabalho a ser criado pela Comissão de Educação para dialogar com a equipe da secretaria. Cobalchini elogiou a iniciativa de Natalino e dos professores que voluntariamente fizeram o estudo. “Em poucos minutos, tivemos uma explicação muito mais esclarecedora do que tudo que já ouvimos da secretaria.” A comissão espera continuar contando com o apoio dos profissionais.

Lisandrea Costa
Agência AL

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