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17/10/2012 - 17h33min

Balanço do dia

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Sessão Ordinária - Tarde

A greve dos servidores da saúde estadual e a denúncia do uso de diplomas de ensino superior falsos por policiais militares foram os principais assuntos repercutidos pelos deputados na sessão ordinária desta quarta-feira (17). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Florianópolis, Pedro Paulo das Chagas, ocupou a tribuna da Assembleia para expor os motivos da greve, iniciada no dia 9, e suspensa após pedido da Secretaria de Estado da Saúde.
Sargento Amauri Soares (PDT) e Dirceu Dresch (PT) pediram a aprovação de uma moção pela Assembleia solicitando ao governo estado e à Secretaria de Saúde que negociem as reivindicações feitas pela categoria. O documento será discutido e votado na sessão desta quinta-feira (18). “Se o governo quer que a população de Santa Catarina tenha bom atendimento, deve valorizar os servidores. Faço um apelo ao governador Raimundo Colombo que atenda os trabalhadores da saúde”, disse Dresch.
Além de expressar apoio ao movimento, Sargento Amauri cobrou da Secretaria de Estado de Saúde que apure o possível pagamento irregular de horas plantão e de sobreaviso em alguns hospitais. “Isso pode estar sendo utilizado para cooptar servidores e precisa ser investigado”, afirmou.

Suspeita de diplomas falsos
A denúncia feita pela imprensa catarinense, sobre o possível uso de diplomas falsos por policiais militares, também foi tratada pelos deputados. Ismael dos Santos (PSD) sugeriu que a obrigatoriedade do diploma nos concursos para a PM seja revista. Segundo ele, a exigência faz com que a procura pela carreira seja menor. “Não vejo a necessidade de curso superior. O policial precisa ser bem pago, bem treinado e bem equipado”.
Maurício Eskudlark (PSD) também questionou a exigência. “Temos pessoas com vocação, potencial e capacidade, que não têm curso superior, mas seriam grandes profissionais da segurança pública”.
Sargento Amauri Soares discordou e defendeu a necessidade do diploma. “A falta de policiais não deve ser desculpa para retrocedermos, abrirmos mão de algo que é importante para a segurança pública”.

Infraestrutura
O deputado Manoel Motta (PMDB) criticou a demora no início das obras do anel viário da Grande Florianópolis, que pretende desafogar o trânsito na região da BR-101. Ele participou, na noite de terça-feira (16), de audiência pública sobre o assunto e afirmou que, como vice-presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano, vai cobrar agilidade na execução do projeto.
“Vamos nos dedicar a essa obra do anel viário, mobilizar a Frente Parlamentar Catarinense e cobrar da ANTT, do DNIT e da concessionária sua realização, nem que tenha que tomar medidas radicais”, afirmou Motta, que também criticou a demora na liberação das licenças ambientais para obras viárias no Sul do estado, entre elas a conclusão da BR-285. As críticas de Motta tiveram o apoio de Maurício Eskudlark.
Serafim Venzon (PSDB) informou que o governo estadual e a iniciativa privada assinaram acordo para recuperação da estrada que liga Brusque a Guabiruba. Já na semana que vem, os prefeitos eleitos de cinco municípios do Vale do Rio Tijucas vão se reunir com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e com o Deinfra para reivindicar a recuperação da SC-411, que liga Gaspar a Tijucas. Segundo o parlamentar, a rodovia é uma das mais violentas do estado.

Outros assuntos
Sargento Amauri e Maurício Eskudlark lamentaram o assassinato do policial civil Maurino Paulo Borba, na noite de terça-feira (16), em Palhoça, na Grande Florianópolis. O agente foi morto a tiros quando chegava em casa.
Já Dirceu Dresch usou a tribuna também para elogiar a aprovação de projeto na Câmara dos Deputados que destina 10% do PIB para a educação. O parlamentar repercutiu, ainda, a realização do Simpósio sobre Segurança Alimentar e Nutricional, terça-feira (16), na Assembleia Legislativa. Ele destacou algumas das ações propostas durante o evento, como a elaboração de uma política estadual para a alimentação saudável.
Ismael dos Santos foi à tribuna para lembrar do Dia Internacional para Erradicação da Pobreza, celebrado hoje (17). O deputado afirmou que acabar com a miséria é um desafio de todos os cidadãos de boa vontade.
Serafim Venzon propôs o envio de moção à Câmara dos Deputados apoiando a aprovação de projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo. A proposta destina 65% desses valores para os municípios e estados que não são produtores. “Essa é uma divisão mais justa e equânime”, considerou. (Marcelo Espinoza)

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