Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
16/09/2013 - 18h04min

Aumento do número de geradores antigranizo depende de recursos

Imprimir Enviar
Audiência foi promovida pela Comissão de Proteção Civil da Assembleia. Foto: Miriam Zomer / Agência AL

O aumento de 75 para 139 geradores antigranizo nos 14 municípios das regiões de Videira e Caçador depende do aporte de recursos do governo do estado. A afirmação foi feita na tarde desta segunda-feira (16) pelo diretor da empresa AGF – Antigranizo Fraiburgo, Valteri “Russo” Iliine, durante audiência pública da Comissão de Proteção Civil da Assembleia Legislativa, realizada no auditório da SDR local e requerida pelo deputado Reno Caramori (PP).

De acordo com Iliine, a AGF possui os geradores, porém com os recursos que recebe das empresas e das prefeituras não há condições de colocá-los em funcionamento, uma vez que o custo operacional é alto, em torno de R$ 24 a hora para cada gerador ligado. “Cerca de 20% dos custos dizem respeito à mão-de-obra, combustíveis, veículos e peças de reposição”, explicou, creditando os 80% restantes ao custo dos reagentes, principalmente o iodeto de prata (AgI). “Chegou em um ponto em que as prefeituras não têm como suportar”, avaliou Iliine.

O diretor da AGF afirmou ainda que no início a empresa instalou geradores bancados por pequenos produtores. “A experiência não deu certo, a maioria pagou, mas uma minoria não”, relatou Iliine, acrescentando que a solução encontrada foi transferir o ônus para os municípios. “Hoje os pequenos produtores sabem que as prefeituras bancam o sistema”, ponderou.

E como as prefeituras estão no limite de gastos, conforme sublinharam vários prefeitos da região ouvidos pela Agência AL, somente com recursos novos oriundos do governo do estado é possível aumentar o número de geradores, ampliando a eficiência do sistema, atualmente estimada em cerca de 70% na área com cobertura.

Segundo o prefeito de Rio das Antas, Alcir Bodanese, o município banca seis geradores de solo, a um custo de R$ 60 mil por ano. “É muito para Rio das Antas, mas não nada é diante dos prejuízos causados pelo granizo. Falta a parte do Estado e da União”, reivindicou. Já para o prefeito de Macieira, Emersom Zanella, “o sistema é importante, protege os produtores, os pomares e vinhedos, além das cidades”.

De acordo com Albino Bongiollo Neto, vice-presidente da Associação de Agricultores de Fraiburgo e funcionário da empresa Fischer, o sistema antigranizo funciona há 17 anos no município. “Isso mostra que nós acreditamos no sistema”, declarou, agregando que os benefícios são evidentes. “O produtor de maçã que contrata seguro em São Joaquim paga 30% a mais do que em Fraiburgo, que possui o sistema antigranizo”, explicou.

A posição do Executivo estadual
O secretário da Defesa Civil, Milton Hobus, informou que o estado precisa estar presente nas ações preventivas. “Havia dúvida se o sistema protege as  propriedades particulares, mas como a região detém a maior precipitação de granizo do estado, se trata de interesse público”, avaliou Hobus, indicando que existe sim possibilidade da participação do Erário catarinense na ampliação do sistema antigranizo.

O secretário questionou os participantes da audiência pública se o sistema era bom e todos responderam afirmativamente. Do mesmo modo, Hobus perguntou se os beneficiados pelo sistema (agricultores, fruticultores e empresas) vão “participar com seu quinhão” e outra vez os participantes responderam que sim.

Diante da manifestação da plenária, Hobus propôs que os prefeitos, juntamente com as associação de municípios e as SDRs locais, façam um levantamento das propriedades agrícolas produtivas e chamem estes agricultores o mais rápido possível para quantificar a contribuição de cada um. “O tempo que vai levar para colocar em prática este projeto é o tempo que vocês vão levar para fazer o levantamento”, informou. “Vou pedir para o governador definir um valor até dezembro de 2014”, prometeu Hobus.

Participação regional
Prestigiaram a audiência pública prefeitos, vices, vereadores, secretários de Agricultura e de Defesa Civil, empresários, agricultores, além de representantes da Associação de Pecuaristas de Caçador, do Corpo de Bombeiros, Epagri, Cidasc e da SDR Local.

Vítor Santos
Agência AL

Voltar