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23/02/2016 - 14h24min

Audiência pública debate criação de Política Estadual de Meteorologia

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A elaboração de uma Política Estadual de Meteorologia em Santa Catarina pautará as ações do grupo de trabalho multidisciplinar formado durante  audiência pública realizada na amanhã desta terça-feira (23), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright. O evento foi proposto pela Comissão de Proteção Civil da Assembleia Legislativa.

A discussão sobre a necessidade de uma legislação específica para garantir a valorização da meteorologia no estado contou com a presença de representantes do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), da Secretaria de Estado da Defesa Civil, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), da Associação Catarinense de Meteorologia (ACMet), do Fórum Climático Catarinense e da iniciativa privada.

O presidente da Comissão de Proteção Civil da Assembleia, deputado Patrício Destro (PSB), destacou que o objetivo do grupo de trabalho é elaborar um projeto de lei que defina diretrizes para o setor meteorológico catarinense. A proposição será apresentada ao governo estadual. "Santa Catarina é um estado diferenciado, pois temos a ocorrência de um número maior de catástrofes em relação ao restante do país. Isso merece uma atenção especial. O sistema meteorológico precisa ser muito mais afinado. Por isso, queremos discutir uma lei própria com propostas para melhorar o trabalho dos meteorologistas no estado. Com isso, podemos salvar vidas e diminuir prejuízos", disse o parlamentar. 

O presidente da ACMet, Mário Quadro, professor doutor em meteorologia do IFSC, ressaltou a relevância da criação de uma política pública para a área. "O objetivo é regulamentar as atribuições da meteorologia, visando  estruturar o setor - tão importante para diversas áreas como agricultura, saúde, defesa civil, turismo, geração de energia - e melhorar a qualidade da informação prestada. Sugerimos usar como base modelos implementados com sucesso, como o Simepar, do Paraná."

Quadro também destacou o papel da Associação Catarinense de Meteorologia na busca por melhores condições de trabalho para os profissionais da área. "Precisamos de uma legislação que valorize e defenda os meteorologistas. A ausência de políticas específicas para setor pode implicar em dificuldades para o serviço prestado, devido a informações contraditórias emitidas por profissionais não qualificados. Além de prejudicarem a atuação dos habilitados, distorcem informações oficiais e confundem a sociedade e o usuário final." 

Na opinião do professor do IFSC, o Ciram, que presta serviços de previsão de tempo e clima 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, deve aumentar o número de profissionais em atuação no órgão. De acordo com o gerente do Ciram, Edson Silva, o trabalho é realizado por seis meteorologistas e sete técnicos. Quadro também recomendou a definição de uma estratégia de atuação para o centro, a oferta de treinamento contínuo aos profissionais sobre as novas tecnologias à disposição, assim como o estabelecimento de novas parcerias com instituições de ensino, de pesquisa e a iniciativa privada.

O fortalecimento do setor no estado depende, na avaliação do coordenador do curso de meteorologia da UFSC, professor Renato Ramos da Silva, de formação de recursos humanos, melhoria dos sistemas de previsão e ampliação de parcerias com órgãos operacionais e a sociedade. 

O secretário-adjunto de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, salientou que a meteorologia é uma ferramenta utilizada para a definição de ações, como mobilizar equipes e anunciar à população os procedimentos que devem ser adotados de acordo com o fenômeno previsto. "A Defesa Civil espera da meteorologia que saia da previsão climatológica e migre para a tecnologia nowcasting. Com a meteorologia mais presente, conseguimos gerar alertas e proteger a população", disse.

Moratelli anunciou, ainda, que o Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres, em fase de construção em Florianópolis, entrará em operação em maio de 2017. "É um grande passo, soma estrutura e procedimentos. O centro integrará todos os setores envolvidos, desde a meteorologia até os responsáveis pelos planos de contingência e pela gestão de crises", comentou.

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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