Assembleia recebe evento alusivo ao mês da prematuridade
FOTO: Vicente Schmitt/Agência AL
A Assembleia Legislativa recebeu nesta terça-feira (7) um evento voltado à conscientização do mês da prematuridade, com o objetivo de tratar da importância e dos cuidados com os bebês prematuros. O evento foi organizado pela ONG Prematuridade, por meio do deputado Delegado Egídio (PTB), e contou com a presença de profissionais da área da saúde e da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O Parlamento catarinense foi representado pelo deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), vice-presidente da Comissão de Saúde. Ele destacou a importância do tema e alertou para a necessidade de se discutir duas questões pertinentes ao assunto: a falta de médicos pediatras e neonatologistas e a gravidez não planejada.
“É um problema mundial, mas temos que abordar as questões do Brasil e de Santa Catarina”, afirmou Dr. Vicente. “São questões difíceis, como a gravidez não planejada, a gravidez de adolescentes em situação de risco. Temos que proporcional o atendimento adequado desde o pré-natal, conscientizar sobre o planejamento familiar. Temos, também, que ter mais leitos de UTI neonatal e estimular a formação de pediatras.”
Novembro roxo
O novembro roxo é o mês para a sensibilização das causas e consequências do parto prematuro, cuja data comemorativa é 17 de novembro. Segundo a ONG Prematuridade, o nascimento antes do tempo adequado é a principal causa de mortes nos cinco primeiros anos de vida. No Brasil, uma em cada dez famílias enfrentam a prematuridade.
“A prematuridade é multifatorial, há questões sociais, o acesso à saúde, a baixa adesão ao pré-natal, gestantes adolescentes”, afirma a diretora da ONG Denise Suguitani. “Somos o 10º país com mais casos. Precisamos prevenir, quando é possível, de maneira que possamos garantir a sobrevivência e a qualidade de vida desses bebês.”
O médico neonatologista Márcio Fossari disse que a grande maioria dos nascimentos de prematuros é evitável. “Podemos melhorar alguma questão diagnóstica, algum modo de cuidado e antecipar esse nascimento. Depois do nascimento, trabalhamos com causas evitáveis de morte, estrutura e melhor cuidado com os pacientes.”
A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, participou do evento. Ela destacou a necessidade do acompanhamento da gestação desde os primeiros meses, com as consultas do pré-natal.
“Precisamos ter estrutura hospitalar para acolher esses prematuros, capacitar as equipes de saúde”, declarou a secretária, que defendeu o contato pele a pele do bebê com a mãe, mesmo em caso de prematuridade. “Isso fortalece os vínculos entre mãe e filho e dá mais qualidade de vida a esse prematuro.”
Agência AL