Assembleia homenageia autodefensores das Apaes

Thaylane Tonet Muniz e Jair da Silva Rocha receberam certificados FOTOS: Solon Soares/Agência AL

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, prestou uma homenagem, na manhã desta segunda-feira (6), aos autodefensores das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) do estado. A solenidade aconteceu no hotel Castelmar, em Florianópolis.

O evento foi motivado pela Lei 16.327, de janeiro de 2014, de autoria do deputado José Nei Ascari (PSD), que instituiu a Semana Estadual de Valorização e Promoção dos Autodefensores das Apaes do estado, comemorada, anualmente, na segunda semana do mês de julho.

Foram distinguidos com certificados de amigos da pessoa com deficiência Thaylane Tonet Muniz (autodefensora nacional), Jair da Silva Rocha (defensor estadual) e Cláudia Robertha de Arrazão (coordenadora estadual dos autodefensores). “Os autodefensores são verdadeiros porta-vozes dentro das Apaes, pois transmitem, com muita autenticidade, os anseios e desejos das pessoas com deficiência à instituição”, destacou Ascari na ocasião.

Participação direta
Instituído no estado no ano de 2001, a autodefensoria integra um movimento da Federação Nacional de Apaes que procura abrir espaço para a participação dos alunos nas decisões e atos promovidos pelas instituições de educação especial. A cada três anos, dois alunos (um do sexo masculino e um do feminino) e seus adjuntos são eleitos diretamente pelos seus colegas para fazer parte da diretoria das Apaes.

Segundo o presidente da Federação das Apaes do Estado (Feapaes-SC), Julio Cesar de Aguiar, o autodefensor tem a incumbência de defender os interesses do corpo estudantil, podendo ainda sugerir ações e participar de todos os eventos promovidos pelas unidades. “Trata-se de um mecanismo pelo qual eles contribuem em muito para o aperfeiçoamento da cidadania deles próprios, por isso procuramos estimulá-lo cada vez mais. Inclusive por meio de cursos de formação, como o que realizamos em 2014 e repetiremos neste ano.”

Apesar do incentivo oficial, muitas das 190 Apaes do estado ainda não possuem todos os seus autodefensores eleitos, principalmente as unidades menores, destacou a coordenadora estadual dos autodefensores, Cláudia Robertha de Arrazão. “O trabalho dos autodefensores exige a coordenação de um profissional e nem todas as Apaes contam com uma estrutura suficiente. Já evoluímos muito, mas ainda precisamos trabalhar mais essa questão nas 18 regionais do estado.”

Atuando como autodefensora desde 2005, Thaylane Tonet Muniz destacou a experiência como uma oportunidade de buscar mais espaço nas decisões tomadas pelas Apaes. “Ganhamos mais autonomia e independência. Hoje também ajudamos a escolher o que é melhor para nós”, afirmou Thaylane, que desde o ano passado também representa os alunos das Apaes catarinenses em âmbito nacional.