AME sugere criação de grupo de trabalho para fortalecer forças de segurança

Deputado Jessé Lopes
FOTO: Solon Soares/Agência AL

A criação de um grupo de trabalho permanente, liderado pelo Parlamento, integrando as instituições representativas das forças de segurança catarinenses visando o desenvolvimento de uma política pública voltada para o fortalecimento do setor foi a principal sugestão do presidente da Associação dos Militares Estaduais de Santa Catarina (AME-SC), subtenente Cleber Paulo Irmão, que participou na manhã desta terça-feira (19) da reunião da Comissão de Segurança Pública.

Avanços e desafios
A convite do presidente da Comissão, deputado Jessé Lopes (PL), o presidente da AME, subtenente Cleber Paulo Irmão, informou os avanços e os desafios da profissão militar, pontuando como prioridade, por exemplo, a valorização da carreira de praça.

O militar observou que a Lei Complementar 801, de 01 de julho de 2022, que estabeleceu os critérios e as condições que assegurem acesso na hierarquia militar às praças militares estaduais da ativa da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina (PMSC) e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina (CBMSC), trouxe avanços para a carreira militar, mas, no entanto, deixou de fora a situação dos  praças, do Quadro de Oficiais Auxiliar.

“Existem hoje 31 vagas disponibilizadas para os praças. Elas foram criadas em 1993 destinadas para os praças e que até o momento não foram ativadas no Estado”, informou, destacando que Santa Catarina tem a melhor Polícia Militar do país. “No entanto, essa situação está prejudicando a carreira. Precisamos de apoio para mudar e ativar essas vagas, que representam a valorização da carreira militar de Santa Catarina.”  

Ele também enumerou outros desafios do quadro militar como o respeito aos militares reservistas, a preocupação com os militares temporários, a valorização da hierarquia militar, entre outros pleitos.

Ele confirma que a AME é contrária à criação de quadro temporário para a Polícia Militar e para o Corpo de Bombeiros. “É preocupante. É uma solução frágil”, avalia, revelando que pontuou algumas preocupações da categoria para a comissão.

“São alguns pontos que avaliamos como fundamentais para que possamos regulamentar a carreira, ajudando os nossos militares, para que se sintam valorizados e motivados”, disse.

Fórum de debate
Para o deputado Jessé Lopes, motivação, dignidade e equipamentos são fundamentais para as forças de segurança catarinense. Ele revela que é justamente esse o objetivo da Comissão de Segurança Pública. “Sermos um fórum de debate, uma porta aberta para conhecermos as demandas das instituições e das associações dos policiais para lutarmos pelos seus pleitos e por suas causas”, reconheceu o parlamentar.