07/05/2009 - 12h57min
Agricultura familiar pede mais recursos para o setor
Pequenos e médios agricultores estão mobilizados e reivindicam maior investimento na agricultura familiar. Seis regiões catarinenses já realizaram atos debatendo o tema. A próxima mobilização vai acontecer na semana que vem em Florianópolis, com a participação de aproximadamente 5 mil produtores. A informação foi apresentada pelo deputado Dirceu Dresch, líder do PT, na sessão de hoje (7).
Os problemas enfrentados pela agricultura familiar, bem como as ações realizadas na tentativa de sanar as dificuldades, foram pontuados pelo parlamentar. Segundo ele, o Executivo investe somente 0,1% no segmento, considerado pouco. O percentual mínimo pedido para as famílias produtoras é de 5% do Orçamento Geral do Estado. Política de compensação ambiental e implementação do seguro agrícola estadual estão entre os investimentos pedidos para melhorar e garantir a qualidade de vida no campo.
Dresch enfatiza que, mesmo sendo Santa Catarina referência nacional, ocupando as sete primeiras posições na produção de cebola, suíno, maçã, fumo, frango, madeira, banana, arroz, alho, trigo, leite, milho e feijão, há ausência de políticas públicas para o setor.
Estiagem
Outro problema que está atingindo o estado e refletindo diretamente na agricultura familiar é a falta de chuva em 95 municípios da região Oeste de Santa Catarina. Além de Dresch, os deputados Padre Pedro Baldissera e Pedro Uczai (PT), juntamente com a bancada federal catarinense, estiveram reunidos ontem (6), em Brasília, com o ministro interino do Ministério de Integração Nacional, Julio Cesar de Araujo Nogueira. A principal reivindicação foi a liberação de R$ 200 mil para cada cidade atingida pela estiagem, totalizando o valor de R$ 20 milhões. Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a bancada pede R$ 250 mil para aquisição de equipamentos que serão utilizados no abastecimento de água. E, para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), os representantes catarinenses estão reivindicando R$ 300 mil para implantação e ampliação de sistemas de captação de água. Conforme Padre Pedro, “essas medidas, a médio e longo prazo, irão estancar os futuros problemas”. (Andreza de Souza/Divulgação Alesc)