Alesc sedia lançamento do livro “A História do Ministério da Cultura no Brasil”

Giane Maria de Souza, autora do livro "A História do Ministério da Cultura no Brasil".
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Um passeio histórico pelas raízes culturais brasileira, que virou um legado para ressignificar a importância da criação do Ministério da Cultura no Brasil foi a inspiração da professora doutora em História pela UFSC, Giane Maria de Souza, que lançou na noite desta terça-feira (05), a obra “A História do Ministério da Cultura no Brasil no Brasil", no hall do Parlamento, e contou com a presença dos deputados Luciane Carminatti (PT), Marquito (Psol), familiares, amigos e populares. A iniciativa do evento contou com o apoio do deputado Padre Pedro (PT).

Como explica a autora, a obra foi fundamentada em uma densa pesquisa historiográfica e arquivística.  “O livro é uma revisão de minha tese, defendida em 2021, e apresenta os diferentes significados que o tema da cultura comporta nas décadas de 1920 a 1990”, pontuou. 

Em 509 páginas, a autora apresenta a década de 1930 como o ponto de partida para a institucionalização do Ministério da Cultura com todos os seus desafios, suas implicações e seus avanços. Ela explica que explora desde o modernismo da primeira geração, focando Mário de Andrade; passando pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, entrando no regime civil-militar, com sua ambígua valorização e seu desprezo pela cultura; chegando ao ápice com a redemocratização dos governos Sarney e Collor”, afirmou, resumindo que  a obra incita ao debate dos desafios da institucionalização das políticas públicas no Brasil. “Que determinadas políticas são frágeis perante determinados governos e contexto histórico”, concluiu.

Ela ainda destacou que,  já na década de 30, os intelectuais brasileiros defendiam a criação de um Ministério exclusivo para o setor cultural. “Isso é interessante porque observamos  que para a construção das políticas culturais já se pensava  que a Cultura deveria ter uma pasta exclusiva”, ressaltou.  Para ela, o livro lança luz para esse debate, que já é uma discussão antiga. “Um debate construído lá na década de 30, mas também passa por outros momentos da nossa história, como as décadas de 60 e 70 até chegar nos anos 80, quando finalmente o Ministério da Cultura vai ser implantado”, afirmou.  

A autora
Doutora em História pela UFSC e mestre em Educação pela Unicamp, Giane Maria de Souza é professora e estudiosa de políticas públicas em direitos culturais, políticas participativas e representativas, Estado e sociedade civil, patrimônio tangível e intangível, mundos do trabalho e dos trabalhadores/as.