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30/08/2023 - 18h21min

Em polêmica sobre transplante, Saretta destaca que SC é referência nacional em doação de órgãos

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Deputado Neodi Saretta
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

O deputado Neodi Saretta (PT) repercutiu, nesta quarta-feira (30), no plenário da Alesc, a polêmica gerada pelo transplante de coração realizado no apresentador Faustão no Sistema Único de Saúde, que gerou grande repercussão nas últimas semanas.

O apresentador, que era o segundo na lista prioritária do SUS, recebeu um novo coração na tarde do último domingo (27) revelando muito desconhecimento sobre o assunto, gerando indignação por ele supostamente estar “furando fila” e muita fake news com o intuito de desacreditar a eficácia do SUS, cujo modelo de atendimento universal e gratuito de saúde é elogiado e copiado universalmente.

“Um momento como esse serve para a gente conhecer melhor o Sistema Nacional de Transplante brasileiro, um dos mais importantes programas do Ministério da Saúde. As listas de espera são geridas pelas Centrais Estaduais de Transplantes e valem tanto para pacientes do SUS, quanto para os da rede privada”, comentou.

O deputado esclareceu que a lista de espera por um órgão funciona por ordem de chegada e outros critérios como os de compatibilidade, gravidade do caso e o tipo sanguíneo do doador. “Esses fatores são levados em consideração para a definição de quem deve ser priorizado. Pacientes em estado crítico podem ser atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.”

Segundo Saretta, no primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no país, aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme o Ministério da Saúde, mais de 65 mil brasileiros estão à espera por um órgão. Destes, cerca de 380 aguardam por um coração.

“O Brasil tem uma das maiores filas do mundo, mas também tem o maior sistema público de transplantes. Sim, há gargalos: é preciso aumentar a conscientização sobre a doação, investir na capacitação de equipes hospitalares e mesmo de hospitais que possam fazer os procedimentos e reduzir desigualdades, como a diferença do tempo de espera entre um estado e outro.”

Conforme o parlamentar, o Sistema Nacional de Transplantes é considerado democrático, solidário, humanitário e é parte de um dos grandes modelos que estruturam os serviços de saúde no Brasil, o SUS, “o pilar de uma das políticas públicas mais inclusivas no Brasil e que provou sua resiliência e força durante a pandemia da covid-19.”

Os pacientes, por meio do SUS, também recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

SC referência nacional
O deputado Neodi Saretta destacou que Santa Catarina é referência nacional em doação de órgãos. “Cinco transplantes de coração ocorreram no Estado entre janeiro e agosto deste ano, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde e nesta terça-feira (29) a própria SES divulgou que a fila para receber um coração foi zerada. Olha que boa notícia.”

Segundo ele, no caso do coração, a logística é fundamental, pois o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em até quatro horas. Em Santa Catarina, helicópteros e outras aeronaves do governo ficam à disposição para transporte dos órgãos.

“Agilidade que é resultado de uma política de captação e transplantes que se consolidou e colocou SC, pela 14ª vez nos últimos 18 anos, na liderança no ranking nacional de doadores de órgãos. Nos outros quatro anos, ocupamos a segunda posição, ou seja, Santa Catarina é de modo incontestável a melhor região no desempenho desta atividade nas duas últimas décadas”, disse.

O deputado frisou que além dos esforços dos últimos governos, a solidariedade do povo catarinense é fundamental para seguirmos alcançando excelentes resultados. “Para doação de órgãos, é preciso que a pessoa interessada deixe claro para a família a sua vontade de doar. No Brasil, a doação só pode ser realizada com a autorização da família.”

Também lamentou que há um percentual grande das famílias que não autorizam a doação. “No Brasil chegava a 40% antes da pandemia e – olhe que coisa ruim – no pós-pandemia a taxa das famílias que negam a doação, mesmo o paciente tendo autorizado em vida subiu para 50%. A pandemia deveria ter causado um sentimento mais de humanidade entre as pessoas.”

Santa Catarina já realizou 57 transplantes cardíacos desde 2000. Só neste ano, foram feitos cinco. De acordo com a Central Estadual de Transplantes, 30% dos pacientes foram transplantados com menos de um mês de espera, 33% aguardaram menos de 90 dias e o restante a espera foi por um período maior.

 

 

 

Juliana Wilke
Assessoria Coletiva | Bancada do PT na Alesc | 48 3221 2824  bancadaptsc@gmail.com
Twitter: @PTnoparlamento | Facebook: PT no Parlamento

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