Respeito à mulher é alertar dos riscos e precauções
Respeito à mulher é alertar dos riscos e precauções
O deputado Jessé Lopes (PSL) reafirmou sua discordância com o projeto de lei da deputada Luciane Carminatti (PT), que propõe uma campanha baseada na fixação de cartazes contra o assédio sexual e a “cultura do estupro” na administração pública do Estado. Segundo Jessé, cartazes não são
tão eficientes quanto, por exemplo, se a mulher andasse armada.
O deputado entende que o termo “cultura do estupro” é uma ficção criada por órgãos internacionais, como a ONU, para constranger a sociedade e imputar a cultura criminosa em todas as pessoas. O termo diz respeito a uma ideia de que a mulher seria culpada pelo estupro de acordo com
a roupa que usa.
Segundo o deputado, a mulher não é culpada, mas negar o alerta sobre riscos a que todos estamos expostos em uma sociedade violenta como a brasileira é um desrespeito ainda maior.
Em plenário, o deputado declarou que as mulheres têm todo o direito de se vestirem como quiserem, mas isso implica evidentemente a visibilidade potencial de estupradores (o que é diferente de “potenciais estuprad0res”, como se qualquer homem pudesse agir dessa forma, ideia implícita
na “cultura do estupro”).
Em resposta à imprensa, Jessé lembrou que o Brasil vive uma epidemia de violência.
“Todo mundo sabe que você não pode andar na rua com dinheiro à mostra, nem deixar o carro com o vidro aberto. A roupa que as mulheres usam podem atrair pessoas desajustadas e isso deve ser levado em conta”, disse.
O deputado sugeriu que as mulheres que queiram estar mais protegidas contra criminosos andem com uma arma na bolsa, que certamente resolveria a situação.
O que verdadeiramente evita as agressões, como em todos os outros casos, são as nossas precauções, disse Jessé.
“Negar os riscos que as mulheres correm e todas as precauções que elas podem tomar é um desrespeito ainda maior às mulheres e isso precisa ser dito.”