Projeto prevê transporte de javalis abatidos em Santa Catarina
Os javalis se tornaram uma praga que destrói lavoras de Santa Catarina, a tal ponto que foi permitido o abate desses animais. Porém, os caçadores autorizados não podem transportá-los. O deputado Sargento Lima (PL) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa regularizando o transporte da carcaça dos animais abatidos.
Até a metade da década passada, a caçada do javali era proibida. A mudança, para controle populacional do javali, ocorreu devido aos estragos que esses animais têm feito nas lavoras, especialmente na Serra e no Oeste de Santa Catarina. Foi construído um conjunto de regras para o abate. Por exemplo, a carne é apenas para consumo próprio, não podendo ser vendida ou mesmo doada. Mas faltou disciplinar o transporte.
Sargento Lima propõe regulamentar o transporte do javali do local do abate até a residência do caçador. Como não há um controle sanitário desses animais, mantém-se a proibição de venda ou mesmo a doação da carne. O javali pode transmitir a cisticercose, doença fruto de uma larva que atinge o organismo humano (a mesma do porco doméstico).
Pelo projeto de lei, somente terão permissão para transportar a carcaça os chamados agentes de manejo populacional, ou seja, caçadores e proprietários de terra autorizados por órgãos de controle, como Ibama e Polícia Ambiental.
Também não é permitido o transporte de javalis vivos. “A caça é uma forma eficiente de controle dessas espécies invasoras, e contribui para preservar o meio ambiente. Permitir o transporte das carcaças pelos caçadores incentiva a caça responsável e sustentável, garantindo que os animais abatidos sejam devidamente aproveitados”, destaca Sargento Lima.