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Projeto de incentivo à criação de gado de corte é apresentado em Cocal do Sul
Santa Catarina tem um déficit de 40% no abastecimento de carne bovina; o consumo catarinense de carne bovina é de aproximadamente 220 mil toneladas por ano
Com um rebanho de 118.800 animais, sendo destes 36,7 mil especializados em corte e 63 mil de caráter misto (ou seja, animais sem raça e aptidão definidas) a região da Amrec, que tem potencial para ampliar esses números e agregar valor à produção, sediou em Cocal do Sul, nesta sexta-feira (25), o VI Encontro Regional de Gado de Corte. Segundo gerente regional da Epagri em Criciúma, Fernando Damian Preve Filho, o foco é reunir os produtores de bovinos de corte e misto sob um mesmo entendimento de produção de animais especializados. “Nossa intenção é produzir animais mais jovens, que atinjam o peso ideal de abate por volta dos 18 a 30 meses de idade, no máximo”, frisou Fernando.
Indo ao encontro dessa proposta, o vice-presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia, deputado Zé Milton, aproveitou o momento para explanar sobre o Projeto de Lei (PL) 243/2015, de iniciativa do Poder Executivo, que altera a disposição do programa de apoio à criação de gado para abate precoce. De acordo com Zé Milton, o projeto, que é uma adequação da lei de 1993, tem como objetivo acompanhar as novas tecnologias empregadas no sistema produtivo da pecuária de corte, e irá beneficiar principalmente o pequeno produtor rural, que utiliza genética de baixa qualidade.
“Com o programa, os pecuaristas que se dedicam à produção de corte terão incentivos fiscais e subsídios, o que irá proporcionar o acesso a um animal de melhor genética, aumentando a produtividade e reduzindo o tempo de corte”, ressaltou o parlamentar, explicando que o programa inclui uma nova categoria de bovinos e bubalinos, constituída por animais na faixa etária de até 18 meses de idade e a primeira dentição, com peso mínimo de 210 quilos de carcaça para machos e 190 quilos para fêmeas.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura, há um déficit de 40% no abastecimento de carne bovina no estado. O consumo catarinense é de aproximadamente 220 mil toneladas por ano, sendo que 90 mil toneladas são importadas de outros estados. “Devido ao nosso status sanitário, não importamos gado vivo. Com este programa, estamos dando a oportunidade de geração de renda e aumento da produtividade da pecuária catarinense”, defendeu o parlamentar.
Para o gerente da Epagri, a região da Amrec tem um grande potencial de solo e clima para produzir pastagens o ano inteiro, que somados a um bom cultivo de pasto, ao bom manejo do rebanho e às novas políticas públicas de incentivo, produzirá animais de forma mais precoce, o que naturalmente influenciará na qualificação da carne e agregará preço melhor ao produtor rural.
“Temos que sair do tradicional e ir em busca de um resultado que gere renda e atenda as necessidades do mercado, com qualidade em todos os sentidos. Tenho certeza de que Cocal tem potencial e a região deve se unir para viabilizar um programa onde os produtores sejam beneficiados”, finalizou o prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin.
Também estavam presentes ao encontro a vice-prefeita de Cocal do Sul, Cirlene Gonçalves Scarpato; a presidente do Legislativo de Cocal, vereadora Roseny Cittadin; o gerente regional da Cidasc, Vilmar Warmeling; o vice-prefeito de Urussanga, Luiz Henrique Martins; entre outras autoridades.
