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20/05/2013 - 16h45min

Presidente da Assembleia protesta contra importação de médicos

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Deputado Joares Ponticelli (PP), presidente da Assembleia Legislativa. Foto: Divulgação

O presidente da Assembleia Legislativa, Joares Ponticelli, protestou contra o decreto da presidente da República que aprova a entrada de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil, sem a exigência do exame de validação dos diplomas.  “Não precisamos de médicos com qualidade duvidosa no nosso país, se mesmo os brasileiros que cursam medicina no exterior precisam de revalidação, por que esse grupo seleto não precisaria?”, questionou o parlamentar.

O deputado estima que cerca de 6 mil médicos de fora do país possam se beneficiar desta facilidade, colocando em risco a saúde do brasileiro devido à falta de comprovação da qualidade da formação acadêmica. "É preciso conscientizar a população sobre os riscos da contratação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma. Repudiamos a entrada indiscriminada de profissionais sem a revalidação. O Conselho Nacional de Medicina não foi consultado, inclusive publicou uma nota de repúdio, assim como os Conselhos Regionais", disse Ponticelli.

Movimento
O presidente da Assembleia manifestou apoio ao Movimento "Revalida sim!" constituído em todo o Brasil para que prova de validação de diplomas emitidos por faculdades de medicina não brasileiras seja uma exigência legal.

Na semana passada, ele recebeu em Tubarão uma comissão de estudantes do curso de Medicina da Unisul para tratar do assunto. Entre eles estava o organizador Nacional do Movimento Revalida, Sim, André Luciano Manoel, e os colegas Léo Max Feurshuette Neto e Pedro Henrique Favaro Mendes, todos acadêmicos de Medicina.

"A matéria hoje é regulada por decreto. Queremos a aprovação do projeto de Lei que torna obrigatório o exame de revalidação", observou o estudante de Medicina da Unisul, Leo Max Feuerschette Neto. Ele informou que no dia 25 de maio haverá uma passeata em Tubarão, saindo da rodoviária velha, às 10 horas, em direção ao centro. "A mobilização reunirá estudantes e médicos que defendem a revalidação", disse.

Segundo Feuerschuette Neto, o movimento não é contra  a entrada de colegas formados fora do país. "Apenas queremos que os mesmos passem por algum tipo de seleção que garanta a qualidade de formação. Não temos como saber, sem o exame, se o ensino que  eles receberam fora capacita para a atividade medica", observou.

Para o estudante, o problema da saúde no Brasil não é a falta de médicos e sim a má distribuição dos profissionais da área, devido a pouca estrutura oferecida aos escassos médicos que se dispõe a ir para o interior. O Brasil conta com 1,95 médicos por cada grupo de mil habitantes, valor maior que o recomendado pela OMS (1:1000). 

"A vinda de médicos estrangeiros para o Brasil não resolverá a crise na saúde pública. Essa medida é apenas um paliativo e coloca em risco a saúde da população. Para solucionar o problema, a União deveria investir 10% na saúde e não deixar os estados e municípios sem recursos", salientou Joares Ponticelli.

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