PLC protocolado por Marcondes prevê alteração na distribuição dos recursos do Artigo 170
Confirmando que a sua principal bandeira no Parlamento será a educação, o deputado Mário Marcondes (PR) protocolou nesta semana o PLC 7/2015, que modifica a distribuição dos recursos do Artigo 170 – alterando a redação dos arts. 1º e 2º da Lei Complementar 281, de 2005 – para incluir no benefício as instituições de ensino superior municipais, públicas e gratuitas, mantidas com recursos municipais. “Em nossa proposta tentamos corrigir o que entendemos como uma distorção da atual legislação, que não beneficia as instituições gratuitas e mantidas pelos municípios, que acabam por absorver integralmente os custos com folha, ensino, pesquisa e extensão”, destacou Marcondes, lembrando que atualmente apenas as universidades comunitárias criadas por lei municipal recebem os recursos para manutenção de seus alunos.
Mário Marcondes, em seu discurso no plenário na terça-feira (17) ,falou que em Santa Catarina os municípios de São José e Palhoça são exemplos de instituições de ensino superior gratuitas, mantidas integralmente pela administração municipal. “Não podemos tratar instituições municipais que não visam lucros e não são privadas de forma diferente, pois também são da comunidade”, completou. A proposição preconiza o repasse de 5% do percentual destinado ao Sistema Acafe para que seja aplicado especificamente em programas de apoio aos estudantes, pesquisa científica e extensão para as instituições municipais públicas, que foram criadas por lei municipal e as que sejam criadas a partir dessa data.
“O tema é polêmico e haverá reações de alguns segmentos, mas não podemos nos furtar de apresentar alternativas e respostas que ocupam as ruas e são anseios da população catarinense. Minha luta será intensa nesse sentido”, ressaltou o propositor do PLC. O deputado apresentou dados de que atualmente apenas 15% de jovens entre 18 e 24 anos se encontram matriculados em cursos de nível superior. Números bem inferiores se comparados aos de países como Argentina, Chile, México e Uruguai. “Não se trata de criticar ou cobrar de algum governo, mas cobrar que a educação seja política de Estado, chamando todos os agentes, de distintos partidos, para um grande pacto pela educação brasileira”, concluiu Marcondes.
Renata Furlanetto
Jornalista DRT SC 02836 JP
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Deputado Mário Marcondes (PR)
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