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01/04/2019 - 12h40min

Marlene manifesta temor com retirada antecipada de vacinação da aftosa no PR

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Deputada Marlene Fengler na Comissão de Agricultura

A deputada Marlene Fengler (PSD) encaminhou requerimento à Comissão de Agricultura e Política Rural, da qual faz parte, solicitando que o secretário da Agricultura, Ricardo Gouvêa, participe de uma reunião com os parlamentares especificamente para esclarecer se há riscos de Santa Catarina perder as certificações internacionais caso o vizinho Paraná pare de vacinar seus rebanhos contra a febre aftosa, a partir do segundo semestre.

"A sanidade animal é estratégica para Santa Catarina. Nós somos o único estado do Brasil com certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal. Graças a essa certificação Santa Catarina conquistou mercados exigentes como China, Hong Kong, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, para os quais vende carne suína e de frango", destaca a deputada.

O status sanitário diferenciado possibilitou ao Estado alcançar atualmente a posição de maior exportador de carne suína e o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil. Uma das preocupações da deputada é que haja algum risco de contaminação dos rebanhos caso o controle de barreiras no Paraná não seja altamente eficaz, considerando que o estado vizinho tem quilômetros de divisas e fronteiras com outros estados e com dois países, Paraguai e Argentina.

A deputada manifesta receio pela possível antecipação da retirada da vacinação no Paraná, prevista inicialmente para 2021, conforme o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa). Esse plano prevê a suspensão gradual da vacinação contra a doença animal no país até 2023, o que poderá levar o Brasil a receber da OIE o reconhecimento de país livre de febre aftosa sem vacinação em 2026, condição que Santa Catarina obteve em 2007.   

Um dos pontos que Marlene questiona é se o controle de barreiras pode efetivamente impedir qualquer tipo de contaminação. Ela acredita que os esclarecimentos técnicos do secretário da Agricultura poderão fundamentar possíveis ações parlamentares em defesa da condição sanitária diferenciada do Estado.

"Meu objetivo é que tenhamos a oportunidade de saber do secretário da Agricultura se há riscos reais para Santa Catarina. É importante esclarecer isso e posteriormente, sendo o caso, os deputados que integram a Comissão de Agricultura e Política Rural da Alesc poderão definir iniciativas que de alguma forma ajudem a proteger o Estado e garantir a manutenção das certificações internacionais", explica. 

Mais informações
A última ocorrência de febre aftosa no Brasil foi em 2006, no Paraná e em Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com o Paraguai. O vírus da febre aftosa, com sete tipos diferentes, é altamente contagioso e pode se espalhar rapidamente, caso medidas de controle e erradicação não sejam adotadas logo após sua detecção. A transmissão do vírus pode ocorrer por contato direto com outros animais infectados ou por alimentos e objetos contaminados. Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus, que é capaz de sobreviver durante meses em carcaças congeladas.

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