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Padre Pedro destaca gravidade de “morte” de colmeias
FOTO: Solon Soares/Agência AL
Uma reportagem do jornalista Edson Rosa, do jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, levou o deputado Padre Pedro Baldissera (PT) a destacar novamente nesta terça-feira (15), no plenário da Assembleia Legislativa, o problema do desaparecimento de colmeias. Conforme o parlamentar, os pesquisadores ainda buscam causas para o fato, no entanto, há um indicativo claro de que agressões à natureza estão entre as principais razões.
“A matéria apresenta uma avaliação do professor Inácio Orth, com quem dialogamos sobre o tema na UFSC. O pesquisador deixa claro que as colmeias tornaram-se mais suscetíveis a novas e velhas doenças, e fala também que a pesquisa é fundamental para avançar em soluções para a questão”, relata Padre Pedro. O parlamentar lembra que apesar de afetar a produção de mel, o principal prejuízo acontece na polinização, já que a produção de alimentos depende do “trabalho” das abelhas na natureza.
“O nosso alerta vai nesse sentido, desde que começamos o diálogo com pesquisadores e produtores da área apícola: as abelhas são fundamentais para nossa sobrevivência e ano a ano sua população diminui”, disse o parlamentar, lembrando as tratativas com UFSC e Secretaria de Agricultura para investimentos em um centro de pesquisa em apicultura, na região onde funcionava a Cidade das Abelhas, às margens da SC-401, que iniciaram em 2014. Em setembro de 2015, o parlamentar encaminhou à Epagri um pedido para que destinasse técnicos exclusivos para atender apicultores, e reforçar os dados para pesquisas, nas 10 regiões produtoras do Estado.
Centro de pesquisas para o setor
Em março de 2014 Padre Pedro reuniu-se com a reitora da UFSC, Roselane Neckel, e com o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, para tratar de um convênio de revitalização da área que abrigava a Cidade das Abelhas, às margens da SC-401, no bairro João Paulo, em Florianópolis. O objetivo é garantir um centro de pesquisa e extensão agrícola, voltado principalmente para a apicultura. A parceria envolve a UFSC e a Secretaria Estadual de Agricultura.
A área abrigou durante 40 anos um centro de pesquisa e extensão agrícola de referência. O principal resultado, no final dos anos 90, foi a transformação de Santa Catarina em destaque nacional na área apícola. No entanto, o abandono dos projetos que funcionavam no local levou à deterioração de estruturas e ao fechamento da área à comunidade. Agora, com a cessão de uso do terreno para a UFSC, por parte da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), é possível recuperar o trabalho de pesquisa e extensão no local, com a ampliação do projeto para uso das comunidades do entorno.
“O objetivo central é garantir aos pesquisadores e a quem atua no setor apícola um centro para alavancar estudos e práticas na área, no entanto, é importante que se crie também um espaço de vivência na natureza destinado às comunidades”, explica Padre Pedro.
O projeto também abrigaria espaços abertos à comunidade, academia ao ar livre e a estruturação de áreas para passeios na mata, já que o terreno de 20 hectares é rico em fauna e flora. Além disso, a proposta prevê também sinalização tátil, numa espécie de “jardim dos sentidos”, iniciativa que integraria ao projeto a Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC), cuja sede é próxima do local.
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