O país precisa de médicos, mas também da correção dos valores pagos pelo SUS
Vice-líder do PP, Silvio Dreveck avaliou, hoje, que a vinda de médicos estrangeiros para atender diversos municípios brasileiros, conforme projeto do Governo Federal, apresenta mesmo dois questionamentos que levam muitas pessoas a se oporem à ideia: como se farão os contratos com esses médicos, já que no caso dos profissionais vindos de Cuba, os recursos para pagamento dos serviços serão repassados ao governo cubano; e, em segundo lugar, a falta do exame do Revalida, que coloca sob suspeição a qualificação dos médicos contratados.
“Esses são os questionamentos. Quanto ao resto, se os médicos vêm de Cuba, da Itália, Portugal ou outro país, e têm conhecimento verdadeiro de sua atividade, tudo bem. Porque chama a atenção é a absoluta falta de médicos em determinadas regiões”, comentou Silvio.
Como ex-secretário da Saúde e prefeito por oito anos do município de São Bento do Sul, Silvio fez ainda uma análise da questão da saúde nos municípios. Quanto ao atendimento em si, o parlamentar e ex-prefeito considera fundamental a questão do gerenciamento financeiro e humano, “é o que faz a diferença na área da saúde”. Para ele, o atendimento pessoal “é essencial”, mas para que isso ocorra de forma adequada precisa haver investimento.
“O que ocorre é que, desde 1997, os valores repassados pelo SUS aos procedimentos médico-hospitalares, não são corrigidos, “é preciso pelo menos repor a inflação no período”. A defasagem chegaria a 160% daquele ano até os dias atuais. Cerca de 75% do atendimento da população é por intermédio do SUS, o que dá uma dimensão do problema. Com os repasses defasados os hospitais não conseguem manter o custeio e muitos – especialmente os filantrópicos – estão à beira da falência.
Assessoria de Imprensa da Bancada do PP
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