Natalino diz que fórum sobre o milho atingiu objetivo
O Fórum Catarinense do Agronegócio, presidido pelo deputado e presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, Natalino Lázare (PR), discutiu a produção e o abastecimento do milho durante evento realizado nesta terça-feira (14) em Florianópolis, no auditório da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Autoridades como o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o secretário da Agricultura e da Pesca do Estado, Moacir Sopelsa, prestigiaram o encontro da cadeia produtiva do grão, que buscou soluções para a falta da matéria-prima para a alimentação de aves, suínos e bovinos no Estado, assim como o incentivo ao plantio nas propriedades.
Natalino avalia que o encontro cumpriu com a missão de promover o debate em torno do preocupante momento em que vive o mercado diante da falta do milho. Segundo o parlamentar, os suinocultores, por exemplo, vivem momentos de angústia e crise diante da escassez do grão e da alta dos preços, inviabilizando a permanência de alguns deles na atividade. “Através do nosso fórum, buscamos reunir as entidades, empresários e poder público em torno de uma única agenda, que é amenizar o impacto que este cenário está causando para a agricultura do Estado.
Toda a programação do evento foi transmitida ao vivo pelo Canal Rural, que foi parceiro e um dos organizadores da iniciativa. Além disso, teve apoio da Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, da Organização das Cooperativas Agropecuárias de SC (Ocesc), da Fecoagro-SC, da Assembleia Legislativa Catarinense (Alesc) e da Fiesc. O apoio institucional é da Federação da Agricultura do Estado (Faesc), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc) e Sindicato das Indústrias de Carne do Estado de SC (Sindicarne).
Dentre os encaminhamentos da reunião, está o incentivo do programa “Grão de Ouro” - nome sugerido pelo deputado Natalino - que visa ampliar em 1 milhão de toneladas a produção de milho na próxima safra no Estado, numa iniciativa da Secretaria da Agricultura em conjunto com a Fecoagro. Conforme o deputado, esta é uma saída emergencial para trazer alento aos produtores, especialmente aqueles que já buscam o milho no Centro-Oeste e na Argentina para tratar os animais.
Atualmente, Santa Catarina consome quase 5,9 milhões de toneladas de milho por ano, três milhões toneladas a mais do que a produção. “Temos que pensar em alternativas e incentivos para aumentarmos nossa área plantada e também a produtividade como foco em diminuir nosso déficit”, diz o secretário Solpesa. Além disso, outro fator é que 40% do milho que Santa Catarina produz se destina à silagem, de acordo com a Ocesc. “Esse milho não sai da propriedade e é utilizado na nutrição animal do gado leiteiro”, diz o presidente da entidade, Luiz Vicente Suzin.