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19/06/2024 - 18h36min

Naatz reitera necessidade de controle do reflorestamento com pinus na região da Coxilha Rica

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Deputado Ivan Naatz: desenvolvimento com equilíbrio ambiental e preservação do turismo histórico
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

O deputado Ivan Naatz (PL) voltou a defender, no plenário da Alesc, projeto de lei de sua autoria, já protocolado, para proibir o plantio de pinus elliottii na região do distrito rural de Coxilha Rica, em Lages, localidade conhecida pelo potencial turístico histórico e ambiental da Serra Catarinense. Naatz apresentou dados científicos e econômicos dando conta de que o pinus como espécie invasora tem causado prejuízos ecológicos nos campos de altitude e que a movimentação econômica do setor não conseguiu evitar o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da maioria dos municípios da região serrana.

“Apresentamos um projeto de lei que tem rendido bastante discussão na Serra Catarinense, vamos estabelecer o debate da proibição e da restrição do pinus elliottii, mas somente na região da Coxilha Rica, que representa cerca de 43% do território de Lages, mas não atinge a área já plantada; estamos fazendo um debate sobre o futuro, não estamos tratando do que já tem lá”, explicou Ivan Naatz .

O deputado destacou a beleza natural da paisagem da Coxilha Rica, sua importância histórica, principalmente do Caminho dos Tropas e as matas remanescentes de araucárias. Naatz lembrou que o pinus impede o crescimento de árvores nativas no seu entorno e não permite que animais e plantas silvestres sobrevivam.

Prejuízos
“Precisamos debater se vamos reservar áreas em que o pinus não pode ser plantado. As multinacionais compram terras, plantam pinus, desmatam e não há nenhum controle”, disparou Naatz, acrescentando que o prejuízo econômico-ecológico (compensação ambiental) estimado com o pinus no Brasil, nos últimos 35 anos, variou de R$ 77 a R$ 105 bilhões de dólares– uma média anual de 2 a 3 bilhões, segundo recente pesquisa publicada em março último pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços  Ecossistêmicos (BPBES), com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)”.

E acrescentou que “os estudos constaram ainda que principalmente o Pinus aparece em primeiro lugar das espécies invasoras devido à facilidade de germinação, principalmente nas áreas abertas (os campos) onde há abundância de luz."

O deputado Naatz afirmou também que após a apresentação e manifestação pública sobre seu projeto, tem recebido diversas denúncias com relação ao plantio de pinus de forma irregular, especificamente na região da Coxilha Rica. Citou o caso da bióloga e consultora ambiental, mestre em Biologia e em Diversidade e Manejo da Vida Silvestre, Denyelle Corá, que informou já ter feito  denúncia ao Ministério Público e ao Ibama, sobre o que considera crime ambiental de supressão (corte) de vegetação nativa nos campos de altitude para o plantio de pinus, sem a anuência de órgãos ambientais responsáveis.

Baixo IDH regional
“Ainda segundo a denúncia, no Ministério do Meio Ambiente, a região dos campos de altitude da Coxilha Rica está categorizada como “área prioritária para a conservação da biodiversidade”, frisou o parlamentar. Naatz observou também que “ainda que seja  importante para a economia da região da serra catarinense, o reflorestamento com pinus necessita de maior regra e controle ambiental, eis que os números mostram que este setor não tem contribuído nas últimas décadas para o crescimento do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – na região, que continuam os mais baixos do Estado.”

O setor de papel e celulose, por exemplo, segundo apontou, representa apenas 4% na geração de empregos do setor na região e 2,7% da indústria catarinense, conforme dados atuais da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Por outro lado, esclareceu que “mesmo assim, não estamos menosprezando essa vocação econômica e industrial da região. Ao contrário, estamos defendendo o controle e o equilíbrio ambiental relacionado também com outras grandes potencialidades da região da Coxilha Rica, como é caso do turismo ecológico e histórico, preservando a riquíssima biodiversidade e as paisagens de notória beleza cênica e de extrema importância turística, mantendo assim a forte identidade cultural e histórica do povo serrano, que tem a nossa permanente admiração”, concluiu o deputado, acrescentando ainda que pretende realizar uma audiência pública em Lages para ouvir a comunidade regional e ampliar o debate “democrático” em torno do assunto.


Comunicação Gabinete com Agência Alesc 
 

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Ivan Naatz
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