Na Alesc, secretário da Saúde fala sobre o ritmo da vacinação em SC
O baixo índice de vacinação contra Covid-19 em Santa Catarina foi tema de uma sessão especial nesta quarta-feira (10) na Assembleia Legislativa. A reunião contou com a participação virtual do secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, que não compareceu pessoalmente por estar cumprindo agenda em Brasília. A sessão foi presidida pelo deputado João Amin (PP), autor do requerimento para convocação.
Na abertura, João Amin destacou que Santa Catarina está entre os piores estados do Brasil e é o último da região no Sul do país em vacinação. O deputado lembrou que enquanto a média nacional de vacinados é de 1,79%, no estado é de apenas 1,05%. “Recebemos 300 mil doses de vacinas, sendo que pouco mais de 96 mil foram oferecidas à população. Estamos todos ansiosos para saber o porquê desta demora e qual o planejamento para melhorar esta situação”, afirmou o parlamentar.
O secretário da Saúde garantiu que o Estado está trabalhando diuturnamente para encontrar soluções e admitiu que existem gargalos que impedem que a vacinação ocorra mais rapidamente. “A velocidade da vacinação é dependente do fornecimento de vacinas, estou em busca de respostas, tenho agenda com o Ministério da Saúde para discutir o quantitativo para o estado, novas remessas, temos de acelerar, senão levaremos alguns meses para cumprir as fases iniciais”, afirmou André Motta Ribeiro. Respondendo a questionamento do deputado João Amin, o secretário ponderou que a diferença entre o percentual nacional (1,79%) de vacinados e o estadual (1,05%) se deve ao menor número de indígenas em Santa Catarina.
O secretário também afirmou que não há previsão para a conclusão das fases 1 e 2 da vacinação e destacou ainda que conforme legislação nacional só quem pode fazer a operacionalização e as campanhas são os municípios. “Precisamos que eles manifestem e esclareçam quais são suas dificuldades”, afirmou André Motta. “Temos conversado diariamente com a Fecam (Federação Catarinenses de Municípios) para ajudar as cidades em tudo o que for necessário.”
Para João Amin, é papel dos deputados a fiscalização rigorosa de todo o processo de vacinação em Santa Catarina. “Meu compromisso será de fiscalizar todas as fases para garantir que os catarinenses sejam vacinados o mais rápido possível. Entendo os desafios do governo e justamente por isso convoquei o secretário da Saúde para prestar os devidos esclarecimentos, mas é preciso superar as dificuldades e tornar o Estado referência na vacinação”, destacou o parlamentar.
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