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23/04/2019 - 21h40min

Resultado de reunião no Ministério da Infraestrutura agrada Marlene

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Parlamentar estadual participa em Brasília de reunião com ministro de Infraestrutura. Crédito: Jessen/Unale

A deputada estadual Marlene Fengler (PSD) participou na tarde desta terça-feira (23), com integrantes do Fórum Parlamentar Catarinense, de reunião no Ministério da Infraestrutura Tarcísio Freitas, em Brasília. O objetivo da audiência foi tratar das obras da BR-282, no Oeste catarinense, e do andamento do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Obras consideradas prioridade para o Estado.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o ministério pedirá a recomposição do orçamento para dar continuidade às obras da BR-282. Atualmente, R$ 35 milhões estão contingenciados "Me dói saber que não posso ajudar em todas as questões, porque a necessidade é muito maior do que a disponibilidade. As obras de Santa Catarina são as mais caras, por isso queremos que empresas privadas cuidem dessas BRs, a 282 vai ser nossa prioridade. Vamos concentrar recursos onde temos condições de trabalhar", disse Freitas.

Sobre o Contorno Viário da Grande Florianópolis, o ministro informou que irá se reunir nesta quarta-feira (24), com a ANTT, Universidade Federal de Santa Catarina e a Concessionária Arteris, para começar a definir um cronograma de obra. Quando o cronograma estiver pronto, o ministro prometeu visitar a obra e anunciar as datas de cada etapa.

Para Marlene, a audiência foi extremamente produtiva "Saímos hoje com duas confirmações importantes. A primeira sobre o avanço das obras do Contorno Viário. Pedimos ao ministro que seja feita uma avaliação criteriosa e que se tenha um cronograma claro e plausível. A segunda, sobre a BR-282, que é uma rodovia de extrema importância, porque cruza o estado e faz todo o escoamento do Oeste para os portos. Para Santa Catarina são noticias muito boas. Saio daqui satisfeitíssima, porque vi que o ministro e o Ministério têm a real dimensão dos problemas que estamos enfrentando".

Contorno Viário da Grande Florianópolis

A obra do contorno viário ainda não tem prazo para ser concluída, segundo a concessionária Arteris. Recentemente a empresa havia anunciado que a conclusão seria em 2021. Na segunda-feira desta semana, representantes da empresa, deputados estaduais, federais, prefeitos, vereadores e lideranças da região participaram na Assembleia Legislativa de audiência pública promovida pelas comissões de Transportes e Desenvolvimento Urbano e de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) não mandou representante.

Apesar de não ter prazo para a conclusão das obras do contorno viário da Grande Florianópolis, a Autopista Litoral Sul poderá liberar parte do trecho em dezembro de 2021 para o trânsito, afirmou o diretor de operações Sul da Arteris, Cesar Sass, durante a audiência. Ele esclareceu que a data valia para os projetos aprovados e em andamento, mas que não estabelecia prazo para aqueles que faltam, lembrando que foram feitas várias alterações nos traçados da rodovia, além da inclusão de túneis. A obra toda terá 51,4 quilômetros, cortando os municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça. Segundo Sass, dos 51,4 quilômetros de extensão do anel viário, 70%, ou seja, 35 quilômetros, já estão em obras. Alguns trechos, como nas proximidades da SC-281, na Colônia Santana, em São José, estão adiantados e praticamente concluídos.

Ele informou também durante a audiência que 95% das áreas que serão impactadas pelo anel viário já estão liberadas para as obras. Os trechos em que ainda há impedimentos, como a questão de licenciamentos ambientais, estão nas extremidades, tanto na saída Sul, em Palhoça, como no acesso Norte, em Biguaçu, além do entroncamento com a BR-282 com a BR-101, em Palhoça, onde a construção de condomínios residenciais mudou o traçado original e exigiu a construção de três túneis duplos.

Obras de recuperação da BR- 282

As obras de recuperação da BR-282, como construção de terceiras faixas, recapeamento e trevos de acessos, estão paralisadas desde meados deste mês, quando o governo federal contingenciou os R$ 35 milhões destinados a serviços de melhorias na rodovia. 

As obras de recuperação de 160 quilômetros da BR-282, principalmente entre Chapecó e São Miguel do Oeste, foram licitadas em 2016. Por conta de disputa jurídica de uma das empresas houve atraso de quatro meses na licitação. O orçamento inicial era de R$ 158 milhões, para recuperação do asfalto, construção de 33 quilômetros de terceiras faixas e vários trevos de acessos. Esse valor também prevê obras de melhorias na BR-158, entre a BR-283, em Cunha Porã, até a ponte sobre o Rio Uruguai, em Palmitos.

Até março deste ano foram gastos R$ 14,2 milhões na recuperação de dois quilômetros de pavimento em Pinhalzinho, retirada de árvores, detonações, escavações e aterros para implantação de 14 quilômetros de terceiras faixas, que ainda não foram pavimentadas. No final de 2018 estavam previstos R$ 15 milhões no orçamento. E no início deste ano ano foram previstos mais R$ 35 milhões, que acabaram sendo contingenciados. O governo federal não explicou o que motivou a suspensão dos pagamentos às empreiteiras.

A BR-282 é a principal via entre o Oeste e o Litoral. Tem mais de 630 quilômetros de extensão. É por onde escoa toda a produção da agroindústria catarinense até os portos. Além disso, é por onde chega mais da metade do milho que abastece a cadeia produtiva do Oeste, comprado principalmente de estados do Centro-Oeste do Brasil. A BR-282 é também a ligação de Chapecó com a Argentina (via aduana de Dionísio Cerqueira) e por onde entram insumos para as agroindústrias e mais de 100 mil turistas argentinos que rumam para as praias catarinenses no verão.

E justamente por sua importância para a economia catarinense, a BR-282 mantém dia e noite tráfego constante, principalmente de caminhões carregados. Só isso já seria suficiente para que ela fosse tratada com prioridade pelo governo federal. Mas não é isso que acontece. Em consequência, as estatísticas mostram que a BR-282 é a rodovia mais perigosa de Santa Catarina e passa da
BR-101 em número de mortes.

Pista simples e sinuosa, descidas e subidas. Estes fatores contribuem para fazer da BR-282 a mais violenta de Santa Catarina. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que em 2018, foram registradas 107 mortes na via, uma a mais que na BR-101, historicamente conhecida como a mais violenta do Estado. Em 2017, 93 pessoas morreram e 1.699 ficaram feridas em acidentes registrados na 282, contra 107 e 1.632 em 2018, respectivamente.

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