Inclusão Profissional Pós-Abrigo: Aprovado PL de Comin que encaminha jovens egressos de abrigos
Por unanimidade, o plenário da Assembleia Legislativa aprovou, hoje, o projeto do líder do PP, deputado Valmir Comin, que cria o Programa “Inclusão Profissional Pós-Abrigo”, que tem por finalidade a capacitação profissional dos adolescentes na saída obrigatória dos abrigos. A ideia central, explica Comin, é preparar esses adolescentes para a formação técnica ou acadêmica , rumo à sua absorção pelo mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, evitar que aqueles jovens, sem capacitação e trabalho, “fiquem à mercê de situações de risco, incertas, que poderão comprometer suas vidas, com conseqüências danosas também para o conjunto da sociedade”. O projeto aprovado prevê, entre outras ações, palestras, atividades, fortalecimento da estrutura de defesa e resguardo dos direitos dos adolescentes, valorização da autoestima individual e incentivo à participação em iniciativas públicas ou privadas com relação a estágio ou capacitação profissional especializada.
Comin observa que um dos maiores desafios que a sociedade enfrenta é o preparar e estruturar, em todos os aspectos, crianças e adolescentes que deixam os abrigos ao completarem a maioridade. “Trata-se de uma tarefa que exige muito dos educadores e responsáveis da área social: além de formar e dotar as crianças e adolescentes das informações que vão torná-los cidadãos e cidadãs, é fundamental que possam desenvolver-se plenamente sob os aspectos emocional e psicológico, sem o que, não serão nunca pessoas na sua integralidade”. Lembra, o parlamentar, que muitas das crianças e adolescentes (senão a maioria) ora em abrigo, provêm de famílias desestruturadas, o que faz com que esse trabalho de inserção social implique em verdadeira tarefa de superação”.
O projeto aprovado busca essa finalidade, esclarece Comin, indicando ações efetivas e, ao mesmo tempo, juntando-se a outras iniciativas que foram ou estão sendo adotadas por diversas instituições. “Como por exemplo, o projeto Novos Caminhos, criado de forma conjunta pela Associação dos Magistrados Catarinenses, Federação das Indústrias de Santa Catarina e Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que busca a capacitação profissional dos jovens que, ao completarem 18 anos, deixam as casas de recolhimento”. Neste último projeto são oferecidos cursos destinados a abrir as portas ao mundo do trabalho. Ele integra ainda o movimento “A Indústria pela Educação, lançado em 2012, para estimular o setor industrial e promover o acesso ao ensino com a ampliação da oferta de serviço educacional.
Conforme estimativa da Associação dos Magistrados Catarinenses, nos próximos anos, cerca de 600 jovens, ao atingirem a maioridade, deixarão os abrigos catarinenses. “Sairão por força de lei, seja qual for a sua condição emocional, financeira ou psicológica. Sem o devido planejamento, ficarão à mercê de situações de risco”, reiterou Comin.
Gabinete da Liderança do PP
Setor de Comunicação Social
Jandyr Côrte Real/(48) 99 61 25 42