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15/09/2023 - 15h55min

Erros da Casan são graves e não podem ser esquecidos, adverte Cadorin

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Passados cerca de dez dias do mais recente incidente envolvendo a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), quando dezenas de famílias em Florianópolis foram atingidas pelo rompimento de um reservatório com capacidade para 8 milhões de litros de água, a preocupação com a segurança das estruturas da empresa continua. “Há milhares de catarinenses com medo, já que a Casan tem instalações em mais de 190 municípios no estado”, explica o deputado Matheus Cadorin (Novo), autor de denúncias sobre a gestão da Casan.

Uma série de episódios graves e recorrentes que afetam tanto a população quanto o meio ambiente justificam a preocupação. Em menos de três anos, a empresa esteve envolvida em dois eventos de grande impacto, levantando sérias questões sobre a segurança de suas operações.

Histórico negativo
O primeiro incidente ocorreu em janeiro de 2021, quando houve o rompimento de uma represa utilizada no processo de tratamento de esgoto na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Isso resultou em danos ambientais significativos em um importante ponto turístico da cidade, causando a destruição de residências e impactando negativamente na vida de muitas pessoas. Recentemente, na madrugada do dia 6 de setembro, um novo rompimento ocorreu, desta vez em um reservatório no bairro Monte Cristo, também em Florianópolis, em uma área predominantemente habitada por famílias de baixa renda, que são as mais afetadas por perdas materiais.

Perguntas urgentes
“Esses incidentes levantam uma série de perguntas urgentes que a Casan precisa responder”, protesta Cadorin, que convocou o presidente da empresa para prestar esclarecimentos e dar explicações para os deputados na Assembleia Legislativa. O parlamentar do Novo antecipou algumas das perguntas que considera urgentes:

Monitoramento dos reservatórios: A empresa realiza monitoramentos periódicos dos reservatórios? Com que frequência são realizados?

Registros formais: Onde estão os registros formais desses monitoramentos? Existe transparência e acesso público a esses dados?

Qualificação dos profissionais: Se o monitoramento é realizado, ele é feito de forma detalhada por profissionais habilitados? Quais são os nomes e registros profissionais desses profissionais?

Manutenção dos reservatórios: Como é realizada a manutenção dos reservatórios? Que normas técnicas são observadas?

Aprovação de projetos: Quem aprova o projeto inicial dos reservatórios na Casan? Quem são as pessoas que autorizam o início e a entrega das obras?

Além de indagar sobre o desastre recente, no bairro Monte Cristo, Cadorin quer saber os motivos que levaram a Casan a investir R$17 milhões em uma empresa de laticínios no Rio de Janeiro.

Investimento na Sabor da Serra: Como a Casan se tornou acionista majoritária da Sabor da Serra, uma empresa de laticínios no interior do Estado do Rio de Janeiro, e por que essa decisão foi tomada?

Transparência na transação: Qual foi o processo exato envolvido nessa transação? Por que ela não foi informada de forma transparente à sociedade?

Avaliação da Sabor da Serra: Quais critérios foram usados para avaliar a Sabor da Serra e suas ações? Qual é o papel da Casan na gestão dessa empresa e como isso afeta os serviços de água e esgoto em Santa Catarina?

Impacto financeiro: Como o prejuízo financeiro estimado de R$17 milhões afetará os recursos disponíveis para melhorias nos serviços de água e esgoto?

Para Matheus Cadorin, além dos rompimentos de estruturas, há outras questões em jogo, como a falta de sistema de esgoto sanitário e a não realização de investimentos prometidos em despoluição. “Isso tem gerado descontentamento na população em relação à qualidade dos serviços e à lentidão nas obras, e não é de agora”, comenta o parlamentar.

Erros de gestão
“Os problemas enfrentados pela Casan não se limitam à discussão sobre privatização ou terceirização, mas sim à própria natureza da empresa ao longo dos anos. Erros de gestão ao longo de diferentes administrações deixaram a população vulnerável e desconfiada da empresa”, afirma Cadorin, que complementa: “E essa desconfiança já foi admitida publicamente inclusive pelo atual presidente da Casan, Edson Moritz”..

Para o deputado, “é crucial que o governo do Estado, como principal responsável pela Casan, assuma a responsabilidade de responder a esses eventos e forneça esclarecimentos não apenas para Florianópolis, mas para todo o estado de Santa Catarina”. Na avaliação de Cadorin, “a Casan precisa passar por uma revisão completa para garantir a segurança e a qualidade dos serviços prestados”.

Destruição e caos
“A população de Santa Catarina não pode mais ficar refém de uma empresa que, em vez de oferecer água e saneamento de qualidade, tem entregue desperdício, destruição e caos. A Casan deve fornecer as explicações necessárias e tomar medidas efetivas para reconstruir sua reputação e garantir a segurança de seus serviços e dos catarinenses”, finaliza Matheus Cadorin.

Acompanhe Matheus Cadorin


Matheus Cadorin
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