É preciso abandonar a polarização para avanço da boa política a favor do desenvolvimento das pessoas
Por: Fernando Krelling, deputado estadual de Santa Catarina, pelo MDB
De um tempo para cá, as relações humanas têm passado por um fenômeno bastante interessante, e de certo modo, negativo, pouco produtivo e limitante, principalmente no que se refere às questões políticas, ideológicas e partidárias. É fato, nos últimos anos, não só no Brasil, mas também no exterior, a polarização política e do discurso têm sido comprometedora para o diálogo, para a construção do aprendizado e para a formação de uma sociedade melhor, mais produtiva, igualitária e justa.
A polarização política destrói o discurso saudável de ideias e ideais. O pseudo-fanatismo ideológico gera desconforto, afasta as pessoas e limita as relações humanas, prejudicando a construção do saber. Parte da sociedade tem se tornado cada vez mais extremista, vivendo cada qual em sua própria bolha. Este tipo de comportamento faz com que o indivíduo reforce seus conceitos, e julgamentos, sem ter uma troca com outras vivências, tornando opiniões discordantes cada vez mais estranhas, absurdas e inaceitáveis.
Mais do que limitar o diálogo saudável da discussão do pensamento, a polarização tem invadido nossas vidas, as redes sociais, familiares e afetivas. Ela chegou até o meio corporativo, muitas vezes gerando brigas, desconfortos no trabalho. A polarização limita a forma de ver, agir, pensar e discutir a sociedade. Isso é muito ruim para o cidadão e para a democracia.
A política pública não pode se diminuir e tornar-se uma mera disputa ideológica entre dois grupos limitados em suas convicções. É preciso, sempre, fundamentalmente, promover o diálogo, o intercâmbio de ideias, a tolerância, a diversidade.
Falar de política, a boa política - que trata de buscar soluções, políticas públicas e mecanismos para avançarmos enquanto sociedade, a fim de melhorar a vida das pessoas - tem se tornado cada vez mais arriscado. Tudo por conta da polarização.
A polarização, limita, destrói e não é boa para ninguém. É um problema grave para o avanço de uma sociedade saudável, igualitária e democrática. Se faz preciso intensificar e promover a verdadeira política pública, ao lado do povo, atento as suas necessidades mais primárias para o seu desenvolvimento e de suas famílias.
Somente por meio do diálogo e da troca de pensamentos, vamos, descobrir novas soluções, para conseguir recursos e auxiliar as pessoas no que elas mais precisam, dando liberdade ao livre comércio e desenvolvimento econômico, gerando oportunidades, ao invés de simplesmente fazer discurso extremista criticando ou defendendo grupo A, ou B.
Para encerrar, cito os pensamentos de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, expressos no best-seller “Como as democracias morrem”. Os autores pontuam que a “polarização, leva à erosão das instituições e das práticas que compõem o sistema democrático e abrem brechas para lideranças iliberais”. Fico com a máxima de que o diálogo é a chave para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, democrática e cidadã. É assim, pensando nas necessidades da minha gente, que aprendi a fazer política e seguirei trabalhando.
Windson Prado
Jornalista - DRT/SC 3243/SC
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