Dresch vota contra aumento do teto salarial para R$ 25,3 mil
Medida amplia abismo salarial e beneficia somente "elite do funcionalismo público"
Com 28 votos a favor e seis votos contrários, a Assembleia Legislativa aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2013, que eleva o teto salarial dos servidores públicos a 90,25% do vencimento de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), equivalente a R$ 25,3 mil.
Até então, nenhum servidor poderia receber mais do que R$ 15 mil,valor do salário do governador. O deputado Dirceu Dresch (PT) votou contra a medida, que beneficiará cerca de 2 mil servidores, entre delegados da Polícia Civil, procuradores, promotores, oficiais da Polícia Militar, auditores fiscais e servidores do Instituto de Previdência – Iprev.
A mudança no teto salarial da elite do funcionalismo público custará aos cofres do Estado R$ 103 milhões ao ano. Na opinião do deputado Dirceu Dresch, infelizmente, o Legislativo deu aval ao governador Raimundo Colombo para ampliar o abismo salarial no serviço público.
“Não somos contra o aumento na remuneração dos servidores, mas o correto seria primeiro resolver o problema dos baixos salários pagos a outras categorias que atuam lá na ponta, junto à população, como é o caso dos professores e profissionais da saúde e da segurança pública.
Para esses trabalhadores, o governo sempre diz que não tem orçamento, mas para a elite do serviço público ficou provado que há."O deputado também alerta para o efeito cascata da medida atingindo os demais poderes, como a própria Assembleia Legislativa. O projeto também não leva em conta possíveis reajustes do STF e o impacto da medida para o Iprev. "Quem vai definir a política salarial em Santa Catarina será o presidente do STF. Quando ele aumentar o salário lá, o impacto será imediato aqui, no orçamento do Estado. O governador perde o controle e coloca em risco inclusive o futuro do Instituto de Previdência", argumenta Dresch.
Assessoria de Imprensa
Deputado Dirceu Dresch - PT/SC
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