Dresch cobra instalação do Centro de Referência e Acolhimento do Imigrante
O atendimento ao imigrante continua precário em Santa Catarina. Em janeiro deste ano o governo do Estado celebrou convênio com o governo federal e recebeu R$ 1,2 milhão para instalar um Centro de Referência e Acolhimento do Imigrante. Passados dois meses, o centro ainda não saiu do papel e o trabalho de acolhimento aos haitianos e demais estrangeiros segue sendo feito pela Pastoral do Imigrante. O deputado Dirceu Dresch (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, busca uma audiência com o secretário de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Geraldo Althoff, para discutir a instalação do centro.
Dresch esteve na Pastoral do Imigrante, que funciona na igreja Santa Teresinha do Menino Jesus, na Prainha, em Florianópolis, na manhã da última quarta-feira (9). Quando chegou, cerca de 40 haitianos aguardavam atendimento embaixo do sol. Em uma sala de 18 m2, duas pessoas atendem cerca de 100 pessoas todos os dias, explicou ao deputado o padre Joaquim Filippin. Somente nos últimos três meses a pastoral efetuou mil atendimentos, que são realizados por voluntários.
"O trabalho que a pastoral está realizando é fantástico, mas a orgazinação não tem estrutura para atender a enorme demanda. Além disso, há o custo com telefone, material de escritório, pessoal, impressão de documentos, tudo isso hoje é custeado pela entidade, pela Diocese de Florianópolis, sem nenhuma contrapartida do governo do Estado. Desde janeiro o governo catarinense deveria ter assumido essa tarefa. Recebeu recursos para isso", cobra Dresch.
O atendimento realizado pela Pastoral do Imigrante se tornou referência e recebe imigrantes de todo o estado, que buscam orientação, regularização de documentação, certidão consular, envio de documentação à Polícia Federal para expedição do documento de registro de permanência e, também, acesso ao mercado de trabalho.