12/04/2012 - 16h48min
Dos Gabinetes - Para Luciane, situação da segurança pública em SC só melhora com projetos e política
Pesquisa realizada pelo Ministério da Justiça em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em todo o país sobre o que pensam os profissionais da segurança pública revelou os principais problemas do cotidiano de quem atua no combate ao crime e à violência. “O estudo mostra como o policial brasileiro é despreparado e humilhado pelos superiores, torturado nas corporações e discriminado na sociedade. Um em cada três profissionais disse que não entraria para a corporação se pudesse voltar atrás e que a vida como policial traz mais lembranças ruins do que histórias de glória e heroísmo”, relatou a deputada Luciane Carminatti (PT), no plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, nesta quinta-feira (12).
Outra informação chocante, destacou a deputada, é que um em cada cinco policiais afirma ter sido torturado em treinamentos. Além disso, constam entre as principais queixas o assédio moral e humilhações em todos os níveis - de soldado a coronel, salários baixos, corrupção, rispidez, insensibilidade, autoritarismo e a discriminação por parte da população.
O modelo atual, que divide os trabalhos de investigação e patrulhamento entre as corporações Civil e Militar, teve 20,2% de adesão, enquanto para 34,4% dos entrevistados o ideal seria a unificação das duas forças. O diagnóstico foi construído com base em 64 mil entrevistas aplicadas entre abril e maio de 2009.
De acordo com Luciane, estas informações são muito significativas para Santa Catarina no momento em que se discutem os desafios da segurança pública. “Dizem que esta crise é a mais séria deste governo porque revela os problemas de comando e suspeitas de corrupção dentro da própria estrutura do Estado. Mas este debate precisa caminhar em outra lógica. Precisamos discutir mais como fazer prevenção e repressão qualificada, o que passa por projetos e políticas bem estruturadas. Quanto mais o Estado está presente, com saúde, educação, lazer, menos a repressão se faz necessária”, salientou.
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