Dos Gabinetes - Argumento usado para defender SDRs confirma uso político das secretarias, avalia Dre

Em oito anos, o governo do Estado gastou mais de R$ 1,6 bi somente para manter a estrutura e pagar os salários das Secretarias de Desenvolvimento Regional “Dizer que as Secretarias de Desenvolvimento Regional serviram para garantir a eleição do sucessor do ex-governador Luiz Henrique é admitir o uso político-eleitoral dessas estruturas”, opinou o deputado Dirceu Dresch, líder do PT na Assembleia Legislativa. A justificativa foi usada pelo líder do PMDB, Aldo Schneider, para defender o número de 36 Secretarias de Desenvolvimento Regional. A estrutura consome mais de R$ 300 milhões por ano somente em custeio. Nos últimos oito anos, a manutenção das SDRs custou mais de R$ 1,6 bilhão aos cofres de Santa Catarina. Para Dresch, a justificativa apresentada pelo líder do PMDB não é exatamente o que a sociedade catarinense merecia ouvir. “O cidadão gostaria de ouvir que as SDRs conseguiram estancar o processo de litoralização, ou que viabilizaram a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano das regiões mais pobres do nosso estado, mas é sabido que, durante todos esses anos de funcionamento, essas estruturas deram pouca contribuição à melhoria da vida dos catarinenses. Pelo contrário, em muitas regiões esses dados pioraram”, disse o parlamentar. Na opinião do petista, as SDRs não têm uma estratégia de desenvolvimento regional, mas tornaram-se um cabide de emprego e de promoção pessoal visando a interesses eleitorais. “A peregrinação de prefeitos, vereadores e de secretários municipais à Capital continua porque as SDRs não têm autonomia de decisão.” Contextualização Na quarta-feira (25), os deputados governistas Darci de Matos (PSD) e Valmir Comin (PP) se somaram aos deputados de oposição do PT e defenderam em plenário a necessidade de reduzir o número de Secretarias de Desenvolvimento Regional. O líder do PMDB, Aldo Schneider, justificou aos órgãos de imprensa sua posição contrário à extinção das SDRs, alegando que o governador Raimundo Colombo foi eleito no primeiro turno graças à descentralização promovida por Luiz Henrique por meio das SDRs. “Para o PMDB e os demais partidos da tríplice aliança, a gente sabe que a descentralização foi boa. Mas para Santa Catarina, não foi”, disse Dresch. Assessoria de Imprensa Deputado Dirceu Dresch Líder do PT na Assembleia Legislativa de SC (48) 9944 0190 / (48) 32212628