Dos Gabinetes - Andrino acha que ainda há muito o que explicar sobre barcos do Ministério da Pesca

A questão dos barcos encomendados pelo Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA), dos quais nove ficaram depositados ao relento numa marina em Biguaçu, foi denunciada pela primeira vez pelo deputado estadual Edison Andrino (PMDB) em maio do ano passado. Na ocasião, ele manifestou-se da tribuna da Assembleia cobrando explicações que justificassem o desperdício do dinheiro público, principalmente por entender que não é competência do Ministério da Pesca construir embarcações de patrulha – ministério cuja criação se deu por reivindicação permanente durante seus mandatos enquanto deputado federal. Para Andrino tais poderes de polícia deveriam ser exercidos pela Marinha e Ibama em conjunto com órgãos estaduais ambientais e não pelo Ministério da Pesca que tem como objetivos os de organizar, apoiar e fomentar a pesca no país, e não multar, apreender ou notificar pescadores. Filho de pescadores, o deputado solicitou a realização de uma audiência pública com a participação do ministério, o que não foi atendido. Ele então entregou pessoalmente ao então ministro da Pesca, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira, ofício questionando qual motivo e finalidade de o ministério ter construído em estaleiro de Santa Catarina 28 embarcações e a que custo, bem como por que nove unidades estavam se deteriorando sob sol e chuva. Em outubro, após ter sido procurado pela Revista Istoé que preparava uma matéria sobre o assunto, foi surpreendido pela informação de que o Tribunal de Contas da União (TCU) vinha apurando indícios de direcionamento de licitação, superfaturamento, desvio de recursos públicos e doações eleitorais. “Quase um ano de silêncio do Ministério da Pesca se passou, mas agora o assunto está na mídia nacional e há muito o que ser explicado em relação a essa iniciativa”, comenta Andrino. Assessoria da Bancada do PMDB Evory Pedro Schmitt – JP 00269/SC (48) 3221.2883 / 9922.0359