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19/03/2015 - 12h43min

Deputado homenageia os 116 anos da morte de Cruz e Sousa

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Deputado João Amim lembra aniversário da morte do poeta Cruz e Sousa em pronunciamento na tribuna FOTO: Yuri Santos / Agência AL

Em pronunciamento na sessão ordinária desta quinta-feira (19) o deputado estadual João Amin registrou (PP) a passagem do aniversário da morte daquele que é considerado o maior expoente do Simbolismo no Brasil, Cruz e Sousa. O deputado aproveitou a data para encaminhar indicação ao chefe do Executivo sugerindo que a revitalização do memorial do poeta seja contemplada na reforma que acontece no Palácio que leva seu nome e que é sede do Museu Histórico de Santa Catarina.
O deputado registrou que em novembro de 2007 os restos mortais do poeta foram trasladados para Florianópolis onde permanecem depositados em memorial no Palácio Cruz e Sousa. "Fenômeno literário de maior expressão dos catarinenses, Cruz e Sousa é um ícone não só da poesia como da luta pela abolição da escravatura. Tal relevância faz com que sua memória mereça reverência contínua e justifica nossa indicação para que seu memorial receba a atenção devida por parte da administração pública", afirmou Amin.

João da Cruz e Sousa nasceu na Vila Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis), capital da Província de Santa Catarina. O ano corrente era 1861 e os pais eram escravos do marechal de Campo Guilherme Xavier de Souza e de dona Clarinda Fagundes Xavier de Souza. O casal não teve filhos e ao morrer o marechal deixa em testamento pequena quantidade de dinheiro e uma parte do solar onde morava, localizado no Largo da Maçonaria.
Pelas mãos de dona Clarinda passou a estudar no Ateneu Provincial, onde foi aluno de Fritz Muller - sábio reconhecido inclusive na Europa e amigo pessoal de Charles Darwin. Muller chegou a prognosticar: "És um grande talento e vais ser um homem ilustre no Brasil".
Adolescente, fazia rimas juvenis às primeiras namoradas e o jovem se materializou poeta sob a luz de um lampião, ali na esquina da Rua Conselheiro Mafra com Trajano - naquele tempo Rua do Príncipe com Rua do Livramento.

Em 1883 o poeta deixa Desterro com a Companhia de Teatro Ismênia dos Santos, na condição de "ponto" e vai para São Paulo, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Bahia. E é na Bahia, em 1884, aos 23 anos, que profere o famoso discurso em favor da abolição.
Em 1885, com o amigo Virgílio Várzea, publicou o livro “Tropos e Fantasias”. Em 1887, foi tentar a vida no Rio de Janeiro, mas pouco depois voltou sem sucesso. Nova tentativa em 1889. Conseguiu emprego e passou a colaborar com jornais e revistas, tornando-se líder de uma geração para, em seguida, ser alçado à condição de maior expressão do movimento Simbolista.
Lançou, em 1893, os livros “Missal e Broquéis”; nesse mesmo ano se casou com Gavita e foi nomeado arquivista na Central do Brasil.
Atingido pela tuberculose, buscou tratamento em Sítio, Minas Gerais, mas lá faleceu, em 19 de março de 1898. O corpo foi despachado para o Rio de Janeiro em um vagão de trem para transporte de gado e enterrado no cemitério de São Francisco Xavier. Ainda em 1898, após sua morte, foi publicado o livro “Evocações”. Em 1900, saiu a coletânea “Faróis”. Gavita morreu em 1901, também de tuberculose, mal do qual acabaram morrendo três filhos do casal. Em 1905, foi editado em Paris o livro “Últimos Sonetos”.

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