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24/02/2016 - 17h33min

Conferência debate direitos, participação e poder para as mulheres

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Deputada Ana Paula Lima
FOTO: Solon Soares/Agência AL

A deputada Ana Paula Lima (PT) destacou a importância desta semana para as mulheres catarinenses que participam, na Alesc, da 4ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres. “É um momento de reflexão, principalmente sobre aquilo que conquistamos e as lutas que ainda temos que travar, que se fazem necessárias na incansável busca pela igualdade e justiça”, disse. Segundo ela, muito se avançou, mas é preciso mais. “Não é novidade, por exemplo, que este Parlamento é ocupado por uma maioria de homens, apensar de muitos serem solidários às nossas causas, eles nunca sentiram na pele a crueldade do machismo, tão presente em nossa sociedade”, comentou.

Ana Paula ressaltou que em pleno século 21, andar na rua desacompanhada, infelizmente, ainda é um problema. “Escolher com cautela a roupa que vai usar, o modo de falar e de se portar são pesos colocados nos nossos ombros, como se coubesse a nós evitar, os estupros, abusos, as violências que marcam a história”. A deputada citou a triste história de inúmeras pacientes violentadas por um médico, em Florianópolis, na última semana. “Muitas mulheres já haviam feito Boletim de Ocorrência, mas precisou que a mídia tomasse conhecimento e conseguisse suspender este médico”. Segundo a deputada, houve despreparo da segurança e da rede de atenção que não recebeu e orientou adequadamente estas vítimas.

Ana Paula ressaltou a garra e a dedicação das delegadas que estão participando da 4ª Conferência Estadual que com muito custo foi realizada. “É o último estado a realizar o evento, mas graças à persistência do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, da Coordenadoria, de entidades que se organizaram, nós não desistimos e o evento está acontecendo”, disse.

Este encontro é uma etapa da conferência nacional que vai debater mais direitos, participação e poder para as mulheres. Amanhã (25) serão eleitas as delegadas que vão participar da Conferência Nacional que ocorre em maio, em Brasília, para o estabelecimento da política nacional para as mulheres. “O principal desafio é traçar estratégias é para que as políticas públicas de igualdade sejam efetivadas nas 27 unidades da federação e nos 5.570 municípios do nosso país”, afirmou.

Segundo a deputada, é necessário olhar para o que já está em desenvolvimento e avançar, apontando caminhos e mecanismos que contribuam para o fortalecimento das políticas públicas. “Precisamos desconstruir séculos de submissão e dominação principalmente a máxima de que existe igualdade de gêneros”, disse. Ana Paula ressaltou que é preciso reafirmar no cotidiano que as desigualdades não são resultantes da desgraça pessoal ou da injustiça social. “É um processo histórico, milenar, que construiu mulheres e homens como sujeitos envolvidos numa relação de domínio e subjugação, seja através da cultura, das crenças, das tradições, dos sistemas educacionais, das leis civis, da divisão sexual e social”.

Segundo a deputada, para avançar na construção da implementação de leis é necessário organização e participação das mulheres nos espaços de poder de decisão e construir o coletivo, todos os dias, cotidianamente. Ana Paula lembrou que neste dia 24 de fevereiro, há 84 anos, em 1932, o voto feminino foi assegurado, bem como o direito de serem eleitas as mulheres para os cargos de executivo e legislativo. “Veja como é recente esta possibilidade de votar e decidir. Antes disso, milhares de mulheres foram às ruas reivindicar este direito e a conquista foi alcançada com muito esforço, muita luta”, afirmou. Segundo ela, a data nos serve ainda no dia de hoje como um marco para vencer barreiras, ultrapassar obstáculos, quebrar paradigmas, alcançar objetivos e ver a igualdade se tornando realidade, ainda que em lentos passos.

 

 

 

Juliana Wilke
Assessoria Coletiva | Bancada do PT na Alesc | 48 3221 2824  bancadaptsc@gmail.com
Twitter: @PTnoparlamento | Facebook: PT no Parlamento

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