Carvão mineral nos leilões: receptividade do Ministério da Energia traz novo alento a pedido do Sul
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão e líder do PP, o deputado Valmir Comin disse hoje que o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, sinalizou positivamente à maior reivindicação das lideranças políticas e empresariais dos três estados sulinos – a de que o carvão mineral possa ser incluído no chamado leilão A-5, permitindo a inclusão deste produto no conjunto da matriz energética brasileira. A receptividade do ministro trouxe novo alento à delegação de parlamentares e empresários de Santa Catarina que reuniram-se ontem com o ministro em Brasília, na esperança de que o Governo Federal possa finalmente atender ao anseio do Sul do país. Junto com Comin estavam, entre outras lideranças, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Joares Ponticelli (PP), o vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão, deputado Manoel Mota (PMDB), e o vice-líder do PP, deputado Silvio Dreveck
Em pronunciamento hoje na Assembléia Legislativa, Comin lembrou que desde que chegou ao Parlamento catarinense, há 14 anos, vem defendendo o carvão mineral como matriz energética no país, e entendeu que, durante todo esse tempo, seu discurso “era em vão, já que o carvão era considerado o patinho feio”. A situação, agora, tomou outra dimensão. “É absurdo ignorar a importância do carvão mineral, que constitui agora 41% da matriz energética do mundo”, reiterou Comin. .
Somente os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem nada menos do que 32 bilhões de toneladas de carvão mineral, sendo que o produto catarinense é do tipo betuminoso alto volátil A, considerado de ótima qualidade. As reservas catarinenses estão no subsolo de 12 municípios: Criciúma, Balneário Rincão, Cocal do Sul, Forquilhinhas, Içara, Lauro Müller, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Orleans, Siderópolis, Treviso e Urussanga. Segundo especialistas da área, o Brasil precisa dobrar sua capacidade energética até 2020, sendo que o carvão mineral pode ser a “redenção energética” do país.