Campagnolo retoma discussão de PL sobre vilipêndio à fé
Sessão pós-Carnaval foi marcada por críticas de parlamentares à escola de samba que utilizou símbolos cristãos
A volta dos trabalhos na Assembleia Legislativa foi marcada por discussões acaloradas na sessão desta quarta-feira (26/02). Em pronunciamento, a deputada Ana Campagnolo (PSL) falou sobre o desfile da escola de samba Mangueira, no Rio de Janeiro, marcado pelo tema central da vida de Jesus Cristo em situações de claro afrontamento e ridicularização da fé dos cristãos.
"Me sinto indignada quando quaisquer símbolos cristãos são satirizados como aconteceu neste carnaval, por isso peço que os deputados considerem o projeto de lei 74.8, de 2019, que proíbe o vilipêndio de dogmas e crenças relativas a fé cristã", declarou a deputada.
Outras situações também foram citadas, como as paredes do Diretório Acadêmico da Udesc, pichadas com mensagens anticristãs e o vilipêndio à cruz de Cristo. O caso mais recente se deu na igreja católica na Lagoa da Conceição, que teve as imagens vandalizadas com pichações na última segunda-feira (24/02).
Por fim, foi exibido um vídeo onde um estudante do curso de filosofia queima uma bíblia.
O discurso da deputada foi apoiado por outros parlamentares como o deputado Jair Miotto (PSC), que alegou "ser contra o investimento público em festas carnavalescas", seguido pelo deputado Ricardo Alba (PSL), que afirmou "ser uma desconsideração da cultura, formação e educação do povo".
O Projeto de Lei 74/2019 pretende vedar a liberação de verbas públicas para a contratação ou financiamento de cobertura de eventos, desfiles carnavalescos, espetáculos e marchas de ONGS, associações, agremiações, partidos e fundações que pratiquem a intolerância religiosa travestida de manifestação cultural.
A sessão também foi marcada pelo apelo dos deputados contrários ao governador Carlos Moisés. "De fato, o governador desagrada tanto a direita quanto a esquerda", declarou Campagnolo.