Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Revista Digital

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Filtrar por deputado / bancada
Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
19/11/2015 - 12h18min

Ana Paula repudia intolerância e ódio ocorrida na manifestação das mulheres negras

Imprimir Enviar
Deputada Ana Paula Lima

A deputada Ana Paula Lima (PT) referiu-se na manhã desta quinta-feira (19), na tribuna da Assembleia Legislativa, à luta constante das mulheres pela igualdade de direitos, especialmente as negras. Repudiou os policiais civis acampados em frente ao Congresso Nacional que reagiram, ontem (18), com tiros e atitudes truculemtas contra a integridade das manifestantes da Marcha das Mulheres Negras, na tentativa de impedi-las de seguir em frente.

A deputada homenageou Antonieta de Barros, a primeira mulher, professora e negra no parlamento catarinense, a primeira deputada negra do Brasil. “A Assembleia de Santa Catarina possui 182 anos. Depois de 100 anos a primeira mulher esteve presente nesta Casa, entre tantos homens. Por aqui passaram muito poucas mulheres, não chegaram a 10 e ainda hoje, num parlamento de 40 lugares, temos somente quatro”, frisou.

Ana Paula contou que Antonieta se elegeu em 1934 quando as mulheres, depois de muitas lutas, conquistaram o direito de voto. “Grandiosa, lutadora, revolucionária, filha de uma empregada doméstica, mas cuja mãe sabia que através dos estudos poderia transformar as filhas”, comentou.

Para Ana Paula, as manifestações que têm acontecido no país pela igualdade de direitos, nesta que já é chamada de “primavera das mulheres”, certamente vão marcar de maneira histórica também os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Esses dias de ativismo iniciaram no ano de 1991, quando mulheres de diferentes países foram reunidas pelo centro de liderança global.

A campanha foi criada pelo fim da violência contra a mulher com a promoção de debates e denúncias das diversas formas de violência que acontecem no mundo. No Brasil, o calendário 2015 de eventos seve para mostrar a força de mobilização das mulheres para questionar e, sobretudo, mudar essa cultura que há séculos tem produzido opressão, injustiças e violência.

Os dias de ativismo começam no dia 20 de novembro, com o dia nacional da Consciência Negra e vai até 10 de dezembro, dia mundial dos Direitos Humanos. A escolha dessas datas não aconteceu por acaso: é uma forma de vincular a luta pela não violência das mulheres com a defesa urgente e imprescindível dos direitos humanos. Atualmente, mais de 150 países estão integrados pela campanha dos 16 dias de ativismo.

“As mulheres negras, que representam 25% da população brasileira – o que equivale aproximadamente 49 milhões de mulheres - vivenciam o lado mais perverso das discriminações a que as mulheres são submetidas cotidianamente”, disse Ana Paula.

Segundo ela, ontem, no momento da confusão, milhares de mulheres estavam em Brasília para fazer a marcha, para fazer referências, reflexões, debates e para terem visibilidade. “Daí tivemos um ato contra de um grupo pró-impeachment acampado na frente do Congresso Nacional . Enquanto as mulheres marchavam em direção ao Congresso para mostrar a força da comunidade negra e para lutar pelos seus direitos, dois manifestantes pró-impeachment dispararam quatro tiros em meio à passeata. No momento dos ataques, a marcha das mulheres negras contava com mais de 10 mil segundo a PM. “Os homens eram policiais civis e defendem a volta da ditadura militar no Brasil”, conta Ana.

As mulheres foram impedidas de se aproximar do parlamento pelo gramado iniciando-se uma discussão entre os membros dos dois movimentos. “Não dá para entender, num país democrático onde o Brasil é de homens e de mulheres, de brancos e de negros e esta manifestação foi impedida por aqueles ditos “revoltados on line” que de uma forma ignorante agrediram esta mulheres que pacificamente estavam ali para dar visibilidade à luta delas”, comentou Ana Paula. Ana Paula lamenta pelas pessoas que querem a volta da ditadura, das armas e que não respeitam nem homens, nem mulheres, nem crianças.


 

Assessoria Coletiva | Bancada do PT na Alesc | 48 3221 2824  bancadaptsc@gmail.com
Twitter: @PTnoparlamento | Facebook: PT no Parlamento

Voltar