Ana Campagnolo rememora vítimas da guerrilha armada no Brasil
No dia 2 de abril, a deputada Ana Caroline Campagnolo (PSL) foi à tribuna durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa para recordar as vítimas da guerrilha armada de esquerda que se estabeleceu no Brasil durante o período do Regime Militar.
Com dados consistentes e muitas informações bibliográficas, a parlamentar apresentou um vídeo com depoimentos de ex-guerrilheiros que asseguram: o programa sugerido pelas organizações nas quais militavam não propunha democracia, mas sim a ditadura do proletariado. Entre os hoje ponderados Fernando Gabeira e Eduardo Jorge, está também Carlos Eugênio Paz, codinome Clemente – um dos líderes da ALN (Aliança Nacional Libertadora), organização abertamente terrorista liderada pelo polêmico Carlos Mariguella – que admite, sem demonstrar muito ressentimento, os “justiçamentos” praticados na época até mesmo contra os próprios companheiros de causa, e afirma: “Parece que erámos apenas uns garotões e garotinhas que no meio da revolução sexual, a gente resolveu dar uns tiros [...]. Como se não houvesse um pensamento que está escrito, que está a forma de organização, a nossa estratégia. Nós não estávamos ali somente resistindo, não. Que coisa pobre, somente resistir.”
Na ocasião, a deputada também trouxe dados sobre a atuação da ex-presidente Dilma Rousseff, que em sua época de guerrilheira utilizou nomes falsos como Maria Lucia dos Santos e Maria Guimarães Garcia de Castro e integrou grupos como Polop (Política Operária), Colina (Comando de Libertação Nacional) e VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), responsáveis por assaltos, atentados a bomba, assassinatos, dentre eles, o do cabo Mário Kozel Filho, morto durante ataque terrorista ao Quartel General do 2º Exército, em São Paulo.
O discurso da parlamentar não teve o intuito de comemorar os acontecimentos de 1964, mas de reparar as injustiças retóricas e discursivas que inundaram os meios de comunicação com a proximidade da data dos 55 anos do movimento popular que culminou na intervenção militar, e prestar solidariedade e homenagem às vítimas que foram executadas de forma brutal por tais guerrilheiros.