Agricultura: redução do quadro funcional da Epagri e Cidasc preocupa lideranças
A evasão de especialistas devido a não implantação do plano de carreira, cargos e salários - PCCS da Cidasc e Epagri, a redução do efetivo devido ao Plano de Demissão Voluntária Incentivada (PDVI), de ambas as empresas, e as consequências negativas ao setor agropecuário catarinense, foram a pauta da conversa entre o deputado Zé Milton (PP), o presidente do Sindicato dos Engenheiros Agrônomos (Seagro), Vladmir Gazoni, Jorge Dotti Cesa, Eduardo Piazera e a chefe de gabinete Karoline Silveira.
No encontro os engenheiros agrônomos salientaram a necessidade de uma conversa mais aprofundada com o governo, para que o PCCS atenda a classe, assim como a diminuição de pesquisadores e doutores das empresas, que irá futuramente prejudicar o desenvolvimento da pesquisa agropecuária e do status sanitário catarinense. No encontro, Zé Milton se comprometeu em agendar uma audiência com o secretário da Fazenda, Antonio Marcos Gavazzoni, para tratarem do assunto.
Para o deputado, todo o recurso disponibilizado a Epagri e Cidasc representa investimento no Estado, visto toda a contribuição das empresas à agropecuária catarinense. “Nosso estado é líder em muitas culturas, hoje devido ao nosso status sanitário, exportamos para países como Japão, Estados Unidos e Chile. Isto, resultado do trabalho da pesquisa e vigilância destas empresas”, defendeu Zé Milton, ressaltando a necessidade do governo avaliar o prejuízo para o Estado com a redução funcional deste setor tão importante para a economia.
Segundo dados apresentados no Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, Santa Catarina tinha um quadro de 120 engenheiros agrônomos atuando na sanidade, defesa e fiscalização, atualmente conta com 51. A partir de 2016, um número significante irá sair da Cidasc, restando, no período de setembro de 2016, cerca de 25 engenheiros agrônomos para prestarem este serviço.