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Publicado em 16/01/2022

Oportunidade de emprego em frigoríficos no Oeste

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Dificuldade para preencher postos de trabalho levou frigoríficos a buscar mão de obra entre imigrantes

Santa Catarina é um dos destinos mais procurados pelos imigrantes haitianos e venezuelanos devido à oferta de empregos em frigoríficos como o Friaves, em Nova Erechim, especializado em cortes de frango, que emprega 83 funcionários estrangeiros, dos quais 78 são haitianos. Assim como ocorre em outras empresas da região, a dificuldade para preencher alguns postos de trabalho motivou a busca por mão de obra imigrante que chegava pelo Norte do país. Os primeiros imigrantes foram contratados em 2013.

“Eles não falam fluentemente português quando chegam, mas com auxiliar e intérprete aprendem rápido, trabalham tranquilamente e bem”, avalia o coordenador de Recursos Humanos, Valdecir Celso Olejniski.

Os primeiros 32 funcionários haitianos foram recebidos no aeroporto em Chapecó em 2013 e obtiveram apoio da empresa e do Cras da cidade até conseguirem autonomia para viver em Nova Erechim. Gradativamente foram chegando mais haitianos, que recebem treinamento e documentação para trabalhar na cidade. “Antes de eles virem para trabalhar na empresa, nós tínhamos que ir a busca de trabalhadores a 50 quilômetros da cidade. Estava difícil conseguir mão de obra”, relata a analista de RH Jhenyfer Dagostini.

“Aqui não há preferência por estrangeiro ou brasileiro, e sim por aqueles que querem trabalhar”, salienta Valdecir. Ele assegura que na empresa há oportunidade de crescimento e que há haitianos trabalhando em todos os setores.

No total, a Friaves emprega 291 funcionários e processa 60 mil aves/dia – 70% da produção é exportada para África do Sul, Hong Kong e Ilhas Maldivas.

Sonhos são realizados em Nova Erechim
Residindo há nove anos em Nova Erechim, Stanley Cesar Chery (34) conta que vem realizando seus sonhos gradativamente. O trabalho no frigorífico Friaves deu a ele a oportunidade de estudar. Desde que chegou, em 2013, se esforçou para aprender português e não parou mais. Já fez curso de informática, auxiliar de escritório, recursos humanos e agora faz curso técnico em eletromecânica no campus do Instituto Federal de Santa Catarina em Chapecó.

Recém-casado com uma professora haitiana, que reside na França, Stanley teve como padrinhos de casamento o coordenador Valdecir Celso Olejniski e a analista de Recursos Humanos Jhenyfer Dagostini. Os compadres não escondem o orgulho do rapaz e de seu desempenho na empresa. 

“A vida no Haiti era difícil, morava na casa da minha mãe e eu queria independência, poder comprar o que queria, poder estudar e crescer na vida”, relembra. Stanley relata que hoje sua mãe reside na Europa, mas ainda há muitos parentes no Haiti que ele gostaria de ajudar. Sobre o futuro, salienta que não sabe ainda o que irá fazer. “Depende da minha esposa, vamos decidir se ela virá para cá ou se irei para lá. Gosto daqui, só não gosto do frio, mas acostumei.”

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