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Publicado em 19/11/2021

O trabalho no Centro Terapêutico Vida

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Deputado é apoiador dos centros terapêuticos para recuperação de dependentes químicos

A principal bandeira defendida pelo deputado Ismael dos Santos, a prevenção e combate às drogas em Santa Catarina, tem como referência a implantação do Centro Terapêutico Vida (CTV), às margens do rio Itajaí-açu, em 1992. “Nestes últimos quase 30 anos já passaram mais de 3 mil jovens por nossa instituição. O programa é de nove meses, com capacidade para 30 internos. Nós conseguimos reunir uma excelente equipe técnica: médicos, assistentes sociais, psicólogos e monitores. Os internos que permanecem na totalidade do programa oferecido têm atingido um índice de 75% de reabilitação da dependência química”, comemora.

Não atuando mais como presidente do CTV, devido ao mandato parlamentar, Ismael diz que a a luta contra a dependência química é “uma bandeira que hasteamos no Parlamento e que julgo uma fantástica contribuição à segurança pública e a milhares de famílias que vivenciam a trágica experiência de ter um de seus membros mergulhado no submundo das drogas”. No centro terapêutico, que ele e a esposa visitam constantemente, é feito um amplo trabalho buscando a ressocialização dos pacientes. “O pior estrago que as drogas fazem às vidas das pessoas é tirar delas o poder de decisão.”

No CTV os pacientes têm horários rígidos, compromisso com o trabalho, tempo para lazer, para cuidarem das hortas, entre outras atividades. Na conversa com os pacientes, o deputado faz questão de parabenizá-los pela decisão e determinação de estarem no local, por vontade própria, para superarem o vício. “Sempre digo que vocês viveram toda a vida, alguns 15, 20 ou até mais de 30 anos, num mundo de vício e dependência. E agora, em nove meses, numa comunidade terapêutica, vocês poderão sair daqui melhores. A sociedade lá fora os desprezou no momento no vício, mas há espaço para ressocialização e superação, temos centenas de testemunhos. Nada está perdido quando há esperança.”

O deputado, que já comandou programas de televisão em Blumenau, aproveita para relembrar o tempo de apresentador e entrevistar o monitor do CTV, Roger Caio Floriani. Ele conta que foi viciado em drogas desde adolescente e que iniciou fumando maconha, mas logo caiu em drogas mais pesadas, chegando até a cometer assaltos para manter o vício. Lageano, diz que começou no mundo das drogas em Curitiba (PR), mas que em Lages foi mais fundo, fumando crack.

“Fiquei 15 anos como usuário, comecei a roubar para manter o vício, mas graças ao apoio da família e do centro terapêutico consegui vencer as drogas. Estava com 32 anos, porém, a minha mãe conseguiu reverter a situação. Minha compulsão era só usar drogas, pensei que nunca iria sair, mas minha mãe me convenceu. Fui acolhido aqui, graças a Deus que existe a comunidade e a família, e o tratamento aqui foi algo revolucionário. Fiz o tratamento completo, de nove meses, e agora já estou há três anos limpo.” O caso de Floriani mostra, na opinião do deputado, que existe possibilidade de vencer as drogas e dar a volta por cima.

Programa Reviver
A partir da experiência do CTV, o deputado Ismael dos Santos atuou e conseguiu que a Secretaria de Estado da Saúde implantasse o programa Rede Estadual de Atenção a Dependentes Químicos (Reviver). Desenvolvido pelo governo do Estado em parceria com 70 comunidades terapêuticas, o programa foi idealizado pela Frente Parlamentar de Prevenção e Combate às Drogas do Parlamento catarinense e já completou seis anos de atuação.

A Frente Parlamentar de Prevenção e Combate às Drogas foi criada há dez anos, quando o deputado se elegeu pela primeira vez. “Essa frente tomou um volume, uma musculatura tal, que foi transformada em uma frente permanente, a Comissão de Prevenção e Combate às Drogas, a qual presido praticamente nos últimos sete anos.”

O Reviver foi idealizado com base nos dados levantados pela comissão que evidenciaram a existência de 70 mil usuários de crack em Santa Catarina e 700 mil atendimentos pelos serviços do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em função de problema com álcool. “Então os números nos levaram a projetar um trabalho de parceria com as comunidades terapêuticas, que é são espaços onde as pessoas que querem voluntariamente superar a dependência química podem trabalhar, baseadas em quatro eixos: terapia ocupacional, disciplina, convivência entre pares e espiritualidade. Todas elas trabalham nesta perspectiva.”

O deputado enfatiza que atualmente o programa atende 70 comunidades terapêuticas, patrocinadas pelo governo do Estado, que garantem até dez vagas por comunidade. “São 700 vagas por mês e fico muito feliz com essa parceria. Chego a rodar, em média, 10 mil quilômetros por mês visitando as comunidades para fiscalizar.”

Ele considera que as comunidades terapêuticas desenvolvem um trabalho essencial na sociedade e que devolvem para o cidadão que sofre com a dependência química qualidade de vida, oportunidade e futuro.

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