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Publicado em 24/06/2022

Ligação com agricultura conduz Altair Silva à vida pública

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Deputado Altair Silva (PP), em Chapecó.

Durante a infância, nas cidades de Major Gercino, onde nasceu, e em São João Batista, onde cresceu, o primeiro dos três filhos de Valdemiro e Maria acreditava que, quando adulto, dificilmente sua história estaria ligada à outra profissão que não fosse a dos pais, pequenos agricultores dos dois municípios do Vale do Rio Tijucas. Ele e a família só não sabiam que o destino o levaria para viver a 530,4 quilômetros de distância. Foi em Chapecó que Altair Silva (PP) – já formado como técnico agrícola – iniciou a profissão e, mais tarde, a carreira política, que o conduziriam à Assembleia Legislativa e à Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.

“Nasci em 23 de maio de 1966 na comunidade de Boa Esperança, no município de Major Gercino. Bem no interior, onde na época não existia sequer luz elétrica, que só conheci quando tinha algo em torno de sete anos de idade”, lembrou o deputado. Primeiro filho da família Silva, Altair viu na infância os pais trabalhando na agricultura e na madeira. “Eu sempre trabalhei com o pai, principalmente na área da madeira, desde cedo. Mas tive a oportunidade de estudar e, com mais ou menos sete anos, eles se mudaram para São João Batista, onde em 1982 fiz o primário e ginásio [atuais ensino fundamental e médio]”, contou.

Altair Silva tem uma forte ligação com os produtores rurais de SCAos 15 anos, Altair migrou para o Norte do Estado. Foi estudar no Colégio Agrícola Senador Carlos Gomes de Oliveira [atual campus Araquari do Instituto Federal de Santa Catarina], instituição pela qual se formou técnico agrícola em 1984 e de onde saiu para um ano de estágio em Blumenau. “No final de 1985 me sediei na cidade de Chapecó, com um sonho de trabalhar na área de irrigação. Na época da formatura, o patrono da minha turma foi o deputado Hugo Matias Biehl, que era representante dos técnicos agrícolas na Assembleia Legislativa. Ele era de Chapecó e quis o destino que eu viesse para a cidade, sem ter nenhum parente, distante praticamente 600 quilômetros da casa dos meus pais e apenas com o diploma de técnico agrícola e o sonho de empreender no agronegócio”, recordou.

Com 18 anos de idade, Altair fundou sua primeira empresa. “Comecei o trabalho na
área de irrigação e lembro que, quando cheguei, a única pessoa que conhecia era o Hugo, que me disse que, para conhecer mais pessoas, era bom que eu participasse do núcleo dos técnicos agrícolas de Chapecó”, destacou. E dentro do associativismo foi membro, secretário, tesoureiro e presidente de núcleo. O empenho na organização dos técnicos agrícolas lhe deu a oportunidade de ser vice-presidente e presidente da associação estadual da categoria, de 1995 a 2000, além de conselheiro do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) entre 1995 e 1996.

“E, por esse envolvimento, eu acabava sempre participando das coordenações das campanhas do Hugo para deputado estadual e federal. Filiei-me no partido [na época, PDS], e participava da vida comunitária da cidade. Por quatro vezes, fui diretor da Associação Comercial e Industrial e um dos fundadores e presidente da Câmara do Jovem Empresário em Chapecó”, comentou. 

Passando por todas as fases que transformaram o extinto PDS no atual PP, Altair sempre atuou na organização dos diretórios, dando apoio a vereadores e prefeitos. O empenho não passou despercebido e a sigla incentivou sua busca por um cargo eletivo em quatro oportunidades até a conquista de um mandato como deputado estadual titular.

“Para chegar à condição disputei quatro eleições. A primeira foi em 2006, quando Esperidião Amin e Hugo Biehl concorreram em chapa pura e precisavam de mais candidatos. Fiquei na suplência e tive a oportunidade de assumir por dois meses. Para 2010 eu me preparei e fui buscar o mandato de titular. Consegui ficar na segunda suplência e assumi por 60 dias. Em 2014 tivemos uma expressiva votação, com 28.992 votos, porém o partido não fez a legenda para ter o quinto deputado. Faltaram 600 votos. Acabei ficando na primeira suplência. Mas naquela legislatura, o deputado [Valmir] Comin acabou se licenciando para assumir a condição de secretário de Estado do Desenvolvimento Social. Assumi sua vaga e permaneci por um ano e dois meses como deputado estadual, o que me deu uma visibilidade maior e, com isso, consegui expandir a base eleitoral, sendo que em 2018 fui eleito deputado estadual, com 30.497 votos”, explicou.

Respeito pelas origens marca conduta do cidadão Altair Silva
“Sou casado e tenho dois filhos. A filha faz Medicina e o filho segue meus passos no empreendedorismo, se formou recentemente na escola agrícola e está fazendo a faculdade de Engenharia Civil. Minha esposa me acompanha na estrada, em vários compromissos que tenho no interior, é uma grande companheira”, contou orgulhoso. 

O parlamentar construir boa parte da sua vida na cidade de ChapecóA comunidade local onde o parlamentar fez a primeira comunhão é outro exemplo do respeito, gratidão e amor à base pessoal. Ainda quando atuou como suplente na Assembleia Legislativa, ele se empenhou para fazer justiça ao berço familiar. Apresentou um projeto que, após aprovado no Parlamento, foi sancionado pelo governo do Estado. Assim, a Lei Nº 17.536, de 19 de junho de 2018, reconhece o local como a pioneira da imigração italiana em Santa Catarina. “E estamos trabalhando para que seja assim reconhecida nacionalmente”, contou.

A dedicação às origens do parlamentar também se comprova em uma das mais tradicionais características de gabinetes, quer sejam no Poder Executivo, quer sejam no Poder Legislativo: a presença das bandeiras do Brasil, do Estado e, em muitas vezes, da cidade natal do eleito. Quem visita a sala 303 da Assembleia Legislativa é surpreendido não com um, mas três estandartes de municípios catarinenses.

“Eu agradeço muito três cidades da minha vida: a que eu nasci, minha querida Major Gercino; a cidade em que eu fui criado, São João Batista; e a cidade onde fui adotado, Chapecó. Tanto é que no gabinete, em Florianópolis, eu tenho as bandeiras das três. Tenho, evidentemente, também uma gratidão muito grande por Araquari, pela passagem que tive no período em que fui estudante”, explicou.

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