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Publicado em 13/01/2022

Fugindo da crise venezuelana

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Venezuelanos migram para o Brasil para fugir da crise em seu país. FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O venezuelano Jesus Benjamin, mesmo com um emprego fixo e de referência em seu país de origem, resolveu deixar tudo para traz e migrar para o Brasil para fugir da crise econômica e política em sua terra natal. Ele trabalhava na Petróleos de Venezuela (PDVSA), empresa estatal venezuelana que se dedica à exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo, mas o salário que ganhava não era suficiente para sustentar a família. 

“Lá na Venezuela eles estão passando fome, é difícil para todos, e mesmo trabalhando não dava para sustentar a família. Não durava uma semana, era difícil. Eu e a minha mulher, que somos adultos, até aguentava, mas as crianças não, eles querem comer e não havia leite e nem fraldas”, relata Benjamin. 

Como a esposa tem família nas proximidades da fronteira com o Brasil, inicialmente ele decidiu imigrar para Roraima, e permaneceu cinco anos em Boa Vista (capital do estado). “Conheci uma amiga que me falou de empregos aqui no Sul do Brasil e sugeriu Florianópolis. Aqui fui muito bem recebido junto com minha família, não há discriminação e respeitam meu filho, fomos muito bem acolhidos.”

O imigrante venezuelano conta que seu filho está matriculado na escola e eles estão estudando português semanalmente. “Sobre o futuro só Deus sabe. Quero um emprego para mim e para minha mulher, ter uma casa digna, começar aos poucos. Meu objetivo é buscar a estabilidade aqui, apesar de sentir saudades dos meus pais, irmão, não é fácil.”


Hiperinflação corrói o salário e não há alimentos
A venezuelana Alida Rodrigues é outro exemplo de cidadã que fugiu da crise em seu país. Ela e o marido estavam empregados na Venezuela, mas ao longo do tempo viram a hiperinflação corroer seus salários ao ponto de não ser mais possível comprar alimentos suficientes à família. 

“A situação está bem complicada, difícil, não há educação para os filhos e nem empregos”, resume Alida. Inicialmente, a família se deslocou caminhando para Boa Vista. “Chegamos a dormir na rodoviária, mas graças à OIM, fomos selecionados e viemos para Florianópolis.”

Ela enfatiza que acreditam num futuro melhor e que a meta é trabalhar, trabalhar e trabalhar e num futuro próximo poder trazer seus parentes para o Brasil. “Gosto do Brasil, os brasileiros são pessoas que ajudam muito os venezuelanos e aqui há mais emprego e a vida econômica está melhor que em outros países.”

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