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Publicado em 13/01/2022

Em busca de uma vida melhor

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Cras de Nova Erechim presta cerca de 300 atendimentos mensais a imigrantes. FOTO: Daniel Conzi/Agência AL

Quando os imigrantes chegam a Santa Catarina, precisam de auxílio para encontrar emprego, tirar documentos, aprender português e até mesmo para resolver as necessidades básicas como moradia e alimentação. Grande parte encontra apoio nos centros de referência em assistência social (Cras) dos municípios.

O Cras do município de Nova Erechim, no Oeste catarinense, presta cerca de 300 atendimentos mensais a imigrantes. A cidade tem a maior proporção de imigrantes em relação à população no estado. Com pouco mais de 5 mil habitantes (IBGE/2021), abriga 350 haitianos. A assistente social Francieli Campagnaro Rigon explica que a maioria atua em frigoríficos da região e alguns em duas empresas de móveis da cidade. “Alguns deles já estão há sete anos na cidade e já conseguiram comprar seu terreno, formando suas famílias.”

No Cras são prestadas informações gerais para os imigrantes e o local é considerado como ponto de referência para eles. “A imigração aqui é bem equilibrada, 50% homens e 50% mulheres. Apesar do apoio, há uma dificuldade de eles conseguirem documentação, já que a regional da Polícia Federal fica em Chapecó e atende 80 cidades da região”, informa Francieli.

O perfil do imigrante local é de pessoas que vieram por conta própria para Nova Erechim ou por indicação de conhecidos. Ao chegarem à cidade, recebem uma cesta básica e auxílio com a documentação até conseguirem emprego. A idade varia entre 25 a 40 anos, a maioria sem formação profissional. “Ainda existe um pouco de preconceito, mas vem diminuindo cada vez mais, com a inserção deles na sociedade.”

Francieli diz que os imigrantes estão por toda a cidade de Nova Erechim e o município teve que se adaptar a esse novo público, investindo em novas escolas, creches e postos de saúde. “Há dificuldades de adaptação, mas aos poucos eles estão conseguindo, são autodidatas e interessados em aprender.” Ela cita como exemplo de dificuldade cultural o fato de que no Haiti eles utilizam o sobrenome e depois o nome, ao contrário do Brasil.

Haitiano vira empresário em Nova Erechim
O haitiano Wenndy Joseph, 22, há cinco anos decidiu sair de seu país devido à crise econômica e política, agravada por desastres naturais. Mesmo falando cinco idiomas (crioulo, francês, inglês, espanhol e português), ele passou por diversas dificuldades no início, quando foi residir em Nova Erechim, mas agora vive uma nova realidade, trabalhando com marketing digital. Ele formou grupos de parcerias no Chile, Estados Unidos e por todo o Brasil, comercializando produtos on-line.

Quando chegou a Nova Erechim, Joseph atuou em frigoríficos, como a maioria de seus conterrâneos, mas com facilidade em idiomas e conhecimento de internet, decidiu investir em marketing digital. Sem revelar valores, ele diz que agora está bem melhor e que em dezembro pegará seu passaporte. “Não vou embora daqui, mas agora vou passear bastante e não pretendo comprar casa. Gosto de viajar de avião e visitar os amigos e parentes.” Sobre Nova Erechim, ele afirma gostar da cidade, por ser tranquila, e diz que gosta de jogar futebol e basquete com os amigos.

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