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Publicado em 13/01/2022

A casa que recebe famílias de venezuelanos

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Casa do Migrante Scalabrini é gerenciada pelo Serviço Pastoral dos Migrantes de Santa Catarina. FOTO: Reprodução TVAL

Para apoiar refugiados e migrantes venezuelanos que chegam a Santa Catarina, a Organização Internacional para as Migrações e a Associação Scalabrini a Serviço dos Migrantes mantém a Casa do Migrante Scalabrini, gerenciada pelo Serviço Pastoral dos Migrantes de Santa Catarina (SPM-SC). O intuito é acolher e dar suporte à integração dos venezuelanos com ações educativas e de inserção laboral. Ela é uma das diversas casas de passagem espalhadas pelo país que recebem imigrantes e refugiados.

A parceria prevê que o espaço receba beneficiários da estratégia de interiorização da Operação Acolhida, resposta humanitária do governo federal frente ao fluxo de venezuelanos no país. A interiorização, que leva voluntariamente pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela de Roraima e de Manaus para outras cidades do Brasil, ajuda a reduzir a pressão sobre comunidades locais, minimizando o impacto sobre os serviços e a infraestrutura pública na região Norte.

O coordenador da Pastoral dos Migrantes da Arquidiocese de Florianópolis, Padre Marcos Bubniak, explica que a Casa do Migrante Scalabrini de Florianópolis oferece aos beneficiários uma acolhida integral, com alimentação, aulas de português e atendimento nas áreas de proteção e integração. Os venezuelanos acolhidos poderão ainda ser incluídos em atividades de integração socioeconômica.

A parceria global entre a OIM e a Rede Internacional Scalabriniana de Migrações teve início em 2011 e desde então as organizações têm colaborado em diversos países do mundo na promoção e defesa dos direitos dos migrantes.  “Priorizamos a acolhida digna, trabalhamos para explicar as normas para uma boa convivência e nossa presença é efetiva, cada um na sua área, e não deixamos faltar nada para os migrantes”, diz o Padre Marcos.

O coordenador acrescenta que a principal tarefa da pastoral é acolher dignamente as famílias, trabalhando pela integração e inserção delas na sociedade. Ele ressalta que existe um período para as famílias permanecerem no local, até que consigam emprego e se integrem à sociedade. “Nós priorizamos famílias, sobretudo aquelas com crianças. Chegando aqui, preparamos toda a documentação e auxiliamos na busca do emprego. Há uma parceria com escolas locais para matrícula das crianças e há também o esforço deles de irem em busca de emprego.”

A acolhida dos imigrantes é fundamental para que eles consigam se adaptar a sociedade local, na avaliação do Padre Marcos. “Quando eles encontram esse espaço digno, se sentem valorizados. E a pessoa valorizada se sente animada em ir à busca de seu emprego. O Brasil recebe os imigrantes e a pastoral acolhe e ajuda essas pessoas.” Ele diz que há ainda preconceitos na sociedade, mas que os imigrantes, como todos, querem progredir e não tirar emprego de ninguém.

O agente pastoral Levi Diniz, responsável pelos cuidados e organização da Casa do Migrante Scalabrini, explica que as famílias selecionadas pelos parceiros da instituição para virem a Santa Catarina ficam no máximo três meses no local e devem seguir regras de boa convivência. Para isso, todos os acolhidos recebem atendimento no âmbito jurídico, contemplando as questões de regularização migratória, auxílio com inserção laboral, bem como aulas de português.

As aulas são ministradas uma vez por semana e as crianças têm mais facilidade de aprender, conforme Diniz. Na casa há espaço para 20 pessoas e normalmente são jovens casais que ocupam o local. “Procuramos fazer a integração entre eles, celebrando datas, oportunizando momentos de lazer para se sentirem amados e respeitados.” Os imigrantes recebem um guia que a equipe elaborou com dicas e dados da cidade, como localização de bancos, praças e informações para que tenham autonomia em seus deslocamentos.

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